O viajante Rodrigo Neri nos contou por meio do #FreeExperience como foi a sua experiência na incrível San Francisco.
No depoimento a seguir, ele fala sobre os medos típicos de umprimeiro intercâmbio, as diversidades de S.F e tudo mais que aprendeu por lá durante o Curso de inglês na EC. Vale a pena conferir!
O que a névoa esconde
Por Rodrigo Neri
Ponte Golden Gate – San Francisco by Rodrigo Neri
Você já deve ter ouvido pelo menos uma vez sobre San Francisco. Talvez tenha visto uma foto da Golden Gate parcialmente encoberta pela neblina, ou o bondinho subindo por uma das ruas íngremes da cidade. Pode ter visto o barco partindo para levar turistas para a ilha de Alcatraz ou ficado confuso com uma multidão de turistas tentando registrar o melhor ângulo de uma rua sinuosa e florida. Mas a verdade é que não importa muito o que te contem, San Francisco é maior do que qualquer descrição.
Essa foi a primeira vez que viajei sozinho. Totalmente por conta própria, sem conhecer absolutamente ninguém. E quando a porta quatro do terminal dois se abriu para um dia não tão quente do que se espera do verão americano, pensei em dar meia volta e conseguir um voo que me trouxesse de volta para casa. Apesar da alma de cidade pequena, San Francisco é gigante. E tudo bem ter dor de barriga e náuseas e hipoglicemia e tudo sem vírgulas porque dá medo, mesmo. E se você se esqueceu, a cidade, assim como a vida, vai te lembrar do seu tamanho diante do universo.
Lombard Street – San Francisco by Rodrigo Neri
Fishermans Wharf – San Francisco by Rodrigo Neri
Mas todas essas sensações esmagadoras vão embora assim que você encontrar alguém. Não precisa ser ninguém especial, não. Qualquer pessoa na rua, no ponto do BART – o metrô deles, não o filho do Homer Simpson –, enquanto o trem não chega; no Safeway fazendo compras; provando um ou vários (e eu recomendo que coma vários) dos chocolates da Ghirardelli; ou sentado na Union Square. Deixe-se levar pela música de Haight-Ashbury e pelas ruas coloridas do Castro; descubra que a China e a Itália estão a apenas a algumas quadras de distância entre elas. Descubra que Painted Ladies não são moças maquiadas. Veja os leões marinhos e caminhe pelos píeres, independente do número. Sinta o vento contra seu rosto enquanto pedala até o Palace of Fine Arts (e aproveite para descansar um pouquinho, afinal, o caminho até aqui é longo. E íngreme). Por fim, recupere o fôlego só para perdê-lo novamente quando finalmente encontrar o principal cartão postal da cidade. Despeça-se do dia vendo o pôr do sol em Dolores ou no Golden Gate Park só para começar tudo novamente. E vá dormir com a estranha sensação de ter, depois de anos, voltado para casa.
Rodrigo Takes Over San Francisco
San Francisco é lar até de quem não o tem. A cada esquina um convite para ser perder e se encontrar.
San Francisco Streets
Depois de tudo isso, a pior parte é deixá-la. É fazer as malas com a certeza de que nunca será o mesmo. É se dar conta, mas dessa vez sem medo do seu tamanho no universo. É ter a certeza de que é um caminho sem volta a expansão que a sua mente sofreu sem nem perceber. Por fim, dentro do avião, a última lição que San Francisco me ensinou é que já não posso mais dizer adeus, mas sim, volto logo.
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