CANADÁ

MEU INTERCÂMBIO EM MONTREAL

Montréal, je t’aime pour toujours!

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A viajante Luísa Franco Machado nos contou como foi seu intercâmbio em Montreal na ILSC. Em seu depoimento, ela conta como foi descobrir o lado francês do Canadá, o seu aprendizado na escola e conta sobre os amigos do mundo inteiro que fez durante a viagem. Confira!

Montréal, je t’aime pour toujours!

Por Luísa Franco Machado

“Est-ce tu veux un journal pour lire?”. Meu coração tremeu e eu comecei a questionar todos os meses de aula de francês que eu já tinha tido antes de decidir viajar. “Non, merci!”. E veio aquele alívio de ter conseguido responder algo. Mais quatro horas no avião e eu chegaria no desconhecido: língua nova, ambiente novo, longe dos meus pais por seis meses só com 17 anos! Quem diria! Dormi e finalmente acordei com o avião aterrissando.

De lá a duas horas eu já estava num lugar que eu nem em outra vida imaginaria que existia: LaSalle, no sudoeste de Montreal com uma vista de um dos rios mais famosos do Canadá, o Rio São Lourenço. De lá, tudo só foi de bom a melhor! Quando cheguei na casa da minha futura família (pai, mãe, não fiquem com ciúmes!), vi que na verdade não iria apenas aprender francês, mas também relembrar um pouco do meu espanhol com a Llin, minha colega de quarto mexicana, praticar o meu alemão com o Max, meu colega alemão, e até ser salva pelo inglês quando o francês falhar, porque minha host mother era bilíngue. E essa foi a minha família canadense, que na verdade tinha um pouquinho de vários cantinhos do mundo.

Descobrir o Québec e suas especificidades foi ainda uma outra aventura. Cada passo era uma nova descoberta não só sobre o Canadá, mas também sobre a França, com raízes extremamente fortes por lá, além de um toque de cada parte do mundo, devido à multiculturalidade imensa que encontramos por lá.

Como tudo era novo, decidi me reinventar também e testar coisas novas, que foram desde provar boeuf bourguignon, especialidade francesa da minha host mother canadense, até fazer stand paddle pelas correntes do Rio São Lourenço.

E mais: meu francês foi de 0 a 10 em apenas dois meses porque, afinal, quando precisamos usar a língua, a sobrevivência fala mais alto! Seja para ver o nascer do sol no Mont-Royal (montanha que deu o nome à cidade), assistir a um dos concertos gratuitos no Oratoire Saint-Joseph, aproveitar os diversos festivais de música para todos os gostos, como Osheaga e Île Soniq, ou apenas descansar no Parc Lafontaine (claro, sempre tomando um sorvete banhado no chocolate no La Diperie depois), eu nunca ficava parada. E isso com certeza me deu mais vida!

Claro, o objetivo principal era aprender francês, então não podia deixar isso de lado! Mas com uma escola tão completa e com professores tão atenciosos como na minha, a ILSC, a vontade de aprender aumentava depois de cada semana, e no final deste curso de francês no Canadá já conseguia até ter debate sobre temas importantes em francês (pra quem mal sabia responder se queria ou não um jornal pra ler no começo da viagem…).

Como sempre, a parte mais difícil é partir, mas confesso que parti não deixando um pedaço do meu coração em Montreal, mas levando um pouco de Montreal comigo. Sei que tudo o que eu aprendi lá me fez uma pessoa muito mais madura e aberta para o mundo (ainda mais do que eu já era!), e todas as pessoas que passaram por mim também me fizeram um ser humano melhor. Não é a toa que já tenho um lugar pra ficar em quase todos os lugares do mundo agora (e já até visitei um amigo na Bélgica e uma amiga na Alemanha!!!). Montréal, je t’aime pour toujours!

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