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8 anos agoon
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STBSe você já escolheu o destino e o tipo de programa que mais se adequam às suas necessidades chegou a hora de começar o processo que vai tirar o plano de viver um intercâmbio do papel. Mas, como funciona um intercâmbio quando o assunto é o tempo para preparação?
Da emissão do passaporte à escolha da acomodação, passando pela solicitação do visto, a organização da bagagem, a contratação do seguro-viagem e a compra de moedas estrangeiras, são vários os fatores que precisam ser levados em consideração neste momento.
Por isso, conhecer bem os prazos e a duração de cada um deles é essencial para um planejamento de intercâmbio bem-sucessido.
Para dar conta de tudo isso com calma, recomenda-se que os três meses antecedentes à data de embarque sejam reservados para a preparação do intercâmbio.
Sabemos que nem sempre isso é possível, já que muitas viagens acabam sendo decididas de última hora. Por isso, separamos algumas informações sobre os processos, datas e prazos das principais etapas que antecedem o embarque parate ajudar nesas programação. Confira:
Emitido pela Polícia Federal, o passaporte tem validade de 10 anos e é imprescindível para dar entrada em qualquer país do mundo.
Basicamente, o processo para tirar passaporte tem 4 etapas: cadastro no site da Polícia Federal, pagamento da taxa de emissão no valor de R$ 257,25*, agendamento de atendimento (para cadastrar as digitais e apresentar os documentos necessários) e retirada.
A previsão de entrega é de 6 dias úteis a partir da data do atendimento. Porém, por depender também de fatores e órgãos externos (como as empresas de transporte, por exemplo), o processo pode atrasar.
“Dependendo da localidade, o agendamento pode demorar algumas semanas ou até meses”, afirma Rafael Carvalho, responsável pelo departamento de vistos do STB. “Alguns fatores que podem atrasar este processo são o aumento da demanda, problemas operacionais na Polícia Federal e greve”, completa.
Por isso, Carvalho aconselha iniciar o processo com bastante antecedência. “Normalmente, de 3 a 4 meses antes da data da viagem costuma ser tempo suficiente para providenciar toda a documentação, mas isso pode variar de acordo com o destino e as características da viagem.
Sendo assim, é importante consultar um especialista antes de programar a viagem para obter informações mais precisas”, afirma.
Para o caso de viagens planejadas de última hora, há a possibilidade de solicitar urgência no processo de emissão do passaporte mediante ao pagamento de uma taxa adicional.
Nesse caso, o documento tem de um a dois dias úteis para ser emitido, mas só tem validade de um ano.
A necessidade ou não do visto pode variar dependendo do destino, da duração e do objetivo da viagem. Por isso, o processo de solicitação deve ser feito diretamente no consulado do país de destino, que deverá fornecer as demais informações sobre os documentos necessários, os prazos de emissão e os valores – as taxas consulares custam a partir de R$ 200, mas variam de acordo com o país, o tipo de visto, a duração da estadia e outras características do programa.
Embora o tempo para conseguir tirar o visto varie de acordo com cada destino, geralmente, o ideal é começar o processo com dois meses de antecedência.
Ainda que os consulados estimem um prazo formal para a liberação do documento, vale lembrar que atrasos costumam acontecer, principalmente durante a alta temporada, quando a demanda aumenta.
Para quem vai fazer um curso de idioma no exterior, a própria instituição de ensino escolhida envia a documentação que confirma a aceitação do aluno para o programa e ajuda na solicitação do visto, que pode levar até 20 dias para chegar ao Brasil.
É indicado reservar de um a três meses antes da viagem para dar conta de fazer as pesquisas com calma e acertar todos os detalhes do seu intercâmbio sem pressa.
Mas, para o caso de viagens decididas de última hora, é possível contratar o serviço até a semana que antecede o embarque.
Não é segredo que, quanto mais próximo da data da viagem, maiores serão os preços das passagens aéreas internacionais.
Por isso, o ideal é começar a pesquisa o quanto antes. “É muito importante e recomendável comprar as passagens com o maior tempo de antecedência possível, principalmente para datas em que há feriado”, explica Filipe Marconato, gerente operacional de aéreo do STB.
Ainda assim, apesar de desaconselhável, deixar esta etapa para a última hora não é um fator impeditivo para a sua viagem.
“Tem passageiro que compra o bilhete na véspera do embarque. Mas, quanto maior a antecedência, maior a chance de achar valores menores”, diz ele.
A única forma de ter uma viagem verdadeiramente segura é por meio da contratação de um seguro-viagem internacional – que, dentre outras coisas, garante o acesso a hospitais e cobre despesas médicas, odontológicas e farmacêuticas no exterior.
Além disso, ele é obrigatório para a entrada em países europeus como Espanha, Itália, Malta, França e Holanda.
O recomendado é que a contratação seja feita no mesmo momento da compra do curso, mas é possível realizá-la até a data de embarque.
É importante ficar atento a esse prazo, já que não é possível realizar a compra do seguro-viagem depois de sair do país.
Apesar de ser recomendável se prevenir contra doenças como caxumba, rubéola, sarampo, tétano e hepatite B antes de viajar, a vacina contra a febre amarela é a única que se tornou obrigatória para alguns destinos, como Austrália, África do Sul e Índia.
Para garantir a entrada nestas regiões, a vacina deve ser tomada, no mínimo, dez dias antes da data de embarque e o procedimento deve ser registrado no (CIVP) Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia.
‘As companhias aéreas são instruídas a verificar este documento e a imigração também faz a conferência. Na maioria das vezes, o passageiro nem consegue embarcar caso o destino exija a vacina’, diz Carvalho. Por isso, o documento deve ser levado junto ao passaporte.
Para garantir um bom planejamento financeiro para o intercâmbio, especialistas recomendam fazer a compra da moeda aos poucos, a fim de acompanhar a oscilação cambial e, assim, evitar quando a cotação estiver muito alta.
Segundo Flávio Tayra, professor adjunto na Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), isso pode ser feito por meio do site do Banco Central, que divulga, semanalmente, um relatório com as perspectivas de mercado e as “previsões” da economia. “Não quer dizer que isso seja 100% certo, líquido e seguro, mas dá um norte e mostra o que os especialistas estão sentindo”, afirma.
Segundo o professor, deixar para fazer a compra na última hora é arriscado, já que pode acontecer uma oscilação brusca do câmbio. “A gente nunca sabe exatamente quando isso vai ocorrer. Uma crise global como a de 2008 ou a nossa crise interna de 2015/2016, por exemplo, provocaram grandes oscilações no valor do dólar.
Se estiver próximo da viagem e um evento desse tipo ocorrer (ou não tão graves, mas significativos), não tem jeito: a pessoa vai acabar pagando mais caro pela moeda americana”, afirma Tayra.