Volta às aulas após a virada de Ano Novo e, sem perder tempo, já é hora da minha primeira exibição na New York Film Academy. As primeiras semanas antecederam o Natal e Ano Novo e foram mega intensas. Durante o feriado ainda dei uma pausa nas festividades para editar meu primeiro curta e exibi-lo já na volta.
Nunca tinha filmado com uma câmera Arriflex 16MM. Ela é uma câmera profissional, bem antiga, da década de 50 e responsável por levar aos palcos do Oscar muitos cineastas e atores. Foi realmente um desafio, já que a câmera é totalmente manual.
Desde colocar o filme, que só roda 2 minutos e meio de imagens, tendo que trocá-lo a cada vez que o filme termina, a medir a luz e distância focal e trocar as lentes a cada mudança dos atores. Além disso, você não faz a menor ideia se está fazendo tudo certo. Assim como as câmeras fotográficas analógicas que você só sabe como as fotos ficaram após sua revelação, com esse tipo de câmera acontece a mesma coisa.
Imagina só o desespero!
E claro, sendo a primeira vez que eu e meu grupo usamos essa câmera, obviamente, esse tipo de situação aconteceria com a gente. Algumas cenas super-expostas, outras muito escuras. Mas é errando que se aprende e, dizem que se você aprender a mexer em uma câmera dessa complexidade, onde cada mínimo detalhe faz muita diferença, é baba usar as câmeras modernas.
E eu imagino que seja verdade, pois agora percebo o quão importante é cada variável durante a produção de um filme. Tive menos de uma semana para produzir esse curta, isso inclui escrever, produzir, fazer o casting dos atores, filmar e editar.