O tal radical” da NZ”

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De paraquedas ou rafting, quem segue para a Nova Zelândia tem experiências intensas. Michelli Provensi já escolheu a sua

– E aí, tá curtindo a viagem? Quantas pontes você já saltou?

Qualquer ser a quem contasse sobre minha viagem à Nova Zelândia, já perguntava nos segundos seguintes algo como ‘você tá na terra dos esportes radicais, o que te levou aí?’

Não saltei pontes de bungee jump, não saltei de paraquedas, asa-delta, nem mergulhei com arraias. Medrosa sim, respeito meus instintos sempre.

Bungee jump nunca foi minha praia. Nem pular corda eu curto. Jurei na vida escapar ao máximo de coisas que faria simplesmente para impressionar os outros pela coragem do que por minha própria motivação. Mas a galera que foi comigo no Contiki curtiu muito e foi prazeroso ver a cara de empolgação de cada um.

Já morei com paraquedista, foi ela que me ensinou que “de paraquedas se salta, quem pula é sapo”. Na prática de sonho lúcido, onde se desperta dentro do próprio sonho com a consciência dele, já saltei de um avião sem paraquedas e cai como um pêlo de gato na minha própria cama. Nesta realidade, mundo real, não tenho vontade de fazer. Mas confesso que ver as fotos da turminha do Contiki, de braços abertos, bochechas tremulando, sobrevoando uma vista que se estende a montanhas de picos nevados, cratera de vulcão, lago, mata e céu azul, devo admitir: dá, sim, uma cutucada de arrependimento.

Na terceira etapa da minha viagem fui para Rotorua, cujo nome inteiro em maori é Te Rotorua nui a Kahumatamomoe, que significa o segundo grande rio de Kahumatamomoe. É uma cidade que, de olhos fechados, você consegue identificar devido ao seu peculiar cheiro de ovo cozido. O aroma vem da mãe natureza que deu de graça os benefícios do solo de grande atividade vulcânica: são emanações de dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Rotorua fica no cinturão de fogo do Pacífico, por isso a presença lama borbulhante, gêiseres e vapores por diversas aéreas da cidade.

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Atravessando a rua do meu hotel tinha um spa, perfeito para comprovar o uso medicinal da lama deles. Mas não pensem que fiquei só na diária de princesa entre massagens, banhos medicinais e máscaras. Meu lado mais radical da viagem tive em Rotorua, minha primeira experiência de rafting.

Optei por me aventurar nas corredeiras para poder ter contato com rio, como uma boa filha de Oxum, e sentir mais de perto a mata. Nem nado direito e no remo só prático na máquina da academia. Tudo bem que eles são bem equipados e monitorados para dar assistência a quem tem zero de experiência.

Já gostei que eles sempre pedem licença na língua maori, para as divindades ancestrais do rio darem passagem e proteção à diversão. Tratar a natureza e todos os seres nela com igualdade é a chave da paz de espírito e caminho aberto para o melhor.

Foi uma das melhores experiências que tive por lá, incomparável beleza e emoção de ser levado no fluxo daquelas corredeiras. A água é de um azul que cabe tanto verde e transparência; a mata vem no abraço e zelo da emoção. Tudo vibra! E descer sete metros da cachoeira é de lavar a alma.

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Continuo pensando que não nasci para saltar de pontes e aviões. Quem sabe numa próxima viagem reescreva este pensamento numa mudança que, por enquanto, não sinto? Só sei que nasci para canoas, barquinhos e de vez em quando pra rafting também.

Para os mais ou menos radicais, a aventura de Michelli também pode ser sua: conheça o Northern Choice, roteiro STB by Contiki pela Nova Zelândia!

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