Sabe aquela sensação que se tem antes de viajar, quando você está fazendo suas últimas refeições no Brasil? Do tipo: esta é minha última pizza brasileira, este é meu último pão-de-queijo, minha última tapioca… Será que vou gostar da comida lá? Frutas e verduras, será que tem?
Além disso tudo, tinha a questão do glúten. Não sou alérgica, mas tenho intolerância. Fico inchada, tenho dor de cabeça, além de outros efeitos… Então, encontrar alimentos sem glúten e que fossem bons e baratos era uma necessidade.
Para minha surpresa, a má fama da comida de Londres caiu por terra na minha primeiríssima manhã na cidade. Estava procurando um lugar para tirar fotos e…. bem, me perdi por alguns supermercados e lojas por lá. Descobri coisas muito interessantes!
First things, first….
O café da manhã em Londres tem ovos, cerais, frutas e café. Sobre o café, para quem nunca tomou a bebida fora do Brasil, vai uma dica: existem vários tipos. Se você disser ‘I want a coffee’, ninguém vai saber qual você realmente quer. Alguns deles:
- Espresso (igual ao nosso);
- Americano: café com muita água, servido em copo grande e pode ser black or white (puro ou com leite, respectivamente);
- Cappuccino: é o café com leite vaporizado (colocaria ponto final e seguiria por capital letter) não tem chocolate, viu?;
- Moccachino: o nosso cappuccino no Brasil, café, chocolate e leite vaporizado;
- Iced coffee: café com gelo (sim, com gelo!) e leite, se você quiser.
Já o almoço, geralmente é super rápido. As pessoas vão a um café ou ao supermercado e compram algo simples (uma salada, um lanche ou outro café), comem e já voltam ao trabalho/escola. Uma hora de almoço? Nem pensar. Se você fizer o CELTA, considere 15 minutos. Por conta disso, a principal refeição é feita à noite (diga-se de passagem: regada a muita cevada). Um sanduíche, uma salada japonesa ou uma porção de arroz com carne variam de £ 1,50 a £ 6,00. E dá para comer bem!
Para aqueles que não costumam jantar fora (porque opção saudável existe, sim, mas não tão em conta), cozinhar em casa é a alternativa. Eu e meu marido jantamos em casa – é mais barato e eu aproveito para colocar meu dotes de culinária em ação. Mais um ponto para Londres: nos mercados, além de variedade, tudo é porcionado para uma ou duas pessoas. Facilita demais! A comida não estraga e ainda dá para contar com os produtos easy-to-cook: arroz, carnes e vegetais pré-cozidos, só para esquentar ou cozinhar em três minutinhos no microondas/forno.
Minha parte favorita: dá para fazer muitos lanches ou incrementar refeições com várias coisas, já que a oferta de alimentos prontos e semi-prontos é enorme. As opções sem glúten também não ficam atrás. Supera muito a do Brasil.
Frutas
Aqui tem todas. E, além de lindas, são boas demais! Em especial as laranjas, nectarinas e morangos.
Opções cheias de energia, carboidratos e boas gorduras!
- Aveia: em vários sabores para fazer mingau (pronta em milagrosos 75 segundos no microondas). Nessa caixinha que comprei (dá uma conferida na foto) tinha aveia pura, aveia com maçã desidratada e ácer (ou maple). Muito gostoso e fácil de preparar! Você também pode comprar a aveia pura e fazer as próprias combinações com frutas. Sai por £ 1,50 à £ 3,00 e dura, pelo menos, sete dias;
- Barrinhas de aveia: são quadradas e com um tamanho que equivale a duas barrinhas de cereais do Brasil. Crocante, doce e cheia de fibras. Outra alternativa: a excelente barrinha de peanut butter (uma mistura de manteiga de amendoim, castanhas, pistache e amêndoas). No máximo £ 1,10 cada e são ótimas para aqueles momentos de fome no meio da tarde;
- Rice cakes: marvellous! São discos de arroz (tipo um biscoito, não bolinho) deliciosos, baratos e tem de vários sabores: neutro, salgado, caramelado e com coberturas de iogurte ou chocolate amargo. Amei! Custam entre £ 1 e £ 3, variam também de espessura e quantidade por pacote.
- Pão de forma: integral sem glúten integral ou branco. Ótimo para um lanchinho em casa. Custa entre £ 1,5 e £ 3,0.
- Torradas: crocantes, leves e sem glúten! Quer melhor?
- Cookies: têm bastante açúcar (ops!), mas nada de glúten.
Ou seja: comer por aqui foi bem mais fácil do que eu imaginava! Agora, treinar… Só nos próximos capítulos, ou melhor, posts.
Até a próxima semana! 🙂