Eu e Marina sempre sonhamos em conhecer Berlim. Tínhamos grandes expectativas, o que é sempre perigoso, mas não sabemos direito ainda o que foi que nos atingiu. Berlim é tudo que imaginávamos e muito mais
No primeiro dia ficamos hospedados em Kreuzberg, um dos bairros mais legais da cidade. Também conhecido como X-Berg, o bairro é supercool e residência de uma grande classe artística da cidade, sem falar em todos os tipos de hipsters que circulam entre bares e vintage shops do bairro. Neukolln, o bairro do lado, tem meio que a mesma pegada. As pessoas falam muito em Williamsburg, mas os dois bairros nos lembraram bastante de Palermo Soho, em Buenos Aires, e não do Brooklyn. A quantidade de flea markets e feirinhas de todos os tipos espalhadas pelos dias da semana dão o tom do verão, além dos encontros nos parques e praças da região!
Nos primeiros dias exploramos demais essas regiões, andamos muito a pé, e visitamos os bares mais legais do verão (todos de rooftop ou com mesas espalhadas pela rua), que só abrem nessa época do ano. Também passeamos por uma feira turca que vende desde comidinhas a tecidos e cerâmicas. Berlim, sem dúvida, é uma cidade incrível em qualquer época, mas no inverno escurece às 16h… Logo, o verão aqui, principalmente nessa época do ano, em que escurece às 22h15 (pois é!) é tratado como se fosse um deus reverenciado e pouco compreendido por todos.
Nos outros dias ficamos hospedados em Charlottenburg, um bairro mais rico e mais afastado do agito da cidade, mas também foi interessante, pois acabamos explorando demais o metrô berlinense. Aqui o transporte público funciona 24 horas por dia, é seguro e não existe nenhum tipo de catraca. A entrada é livre, porém paga: se você for pego sem bilhete ou com um bilhete velho ou não validado, a multa é de 40 euros. E não vai pensando que tem perdão pra turista ou jeitinho brasileiro!
Andamos muito, tiramos muitas fotos de lugares, pessoas estilosas e meninas bonitas. Fomos em mercadinhos, flea markets, feiras de comida de rua, shows e bares. Comemos comida alemã, turca (que é uma grande comunidade por aqui, e estão inseridos não só na arte como na máfia local), pizza, falafel, burgers german style e hot dogs. Experience it all, babe.
Fizemos também um rolê muito legal de museus e galerias de arte contemporânea, e pegamos uma exposição genial do Sebastião Salgado na C/O Berlin, a galeria mais influente de fotografia da cidade. A C/O é muito conhecida por apoiar jovens artistas.
Marina no Memorial do Holocausto
Berlim no verão foi uma experiência inesquecível. A cidade é a meca da arte e lar de muitos dos maiores artistas do mundo. Berlim é plana, cheia de bikes por todo o lado, os jovens são muito contemporâneos, engajados, mas ao mesmo tempo muito na deles, cada um em seu espaço, exercendo um lado cívico muito grande.
Os locais falam que Berlim, fisicamente, é uma cidade pequena – e é mesmo –, porém, tem espaço de sobra para todos os tipos de artistas que imigram para cá, e uma tolerância muito grande para qualquer um que queira se manifestar de forma artística.
Berlim não é tão aberta ao capitalismo, não é tão rica, não é tão limpa, não é tão preocupada com os outros, nem tão misteriosa. E isso tudo faz de Berlim uma das cidades mais sexies do mundo.
Bora! Hoje deixamos a Alemanha em direção à República Tcheca, mais especificamente Praga. Três noites nos esperam. Sem spoilers, vamos deixar rolar e ver o que acontece.
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