As maravilhas de ‘Praga’ – Parte 2 | Contiki Tour pelo Leste Europeu

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Após uma noite em bares e baladas, a melhor forma de curar a ressaca é fazendo exercícios (leia a primeira parte do post sobre Praga aqui!). E já que estava em Praga, por que não escolher como atividade um tour de bicicleta pela cidade? Ótima maneira de começar o dia se exercitando e admirando a beleza do lugar! Melhor ainda: o tour já estava incluído no pacote do Contiki tour ‘Berlim à Budapeste’!

Foi o meu primeiro bike tour ever, a guia local que nos acompanhou era excelente e, definitivamente, foi o tour mais bacana que eu já fiz. Passamos por alguns lugares que já havíamos visto no dia anterior – como a Ponte de Charlie – e diversos outros pontos novos.

Um deles, a Praça Náměstí Jana (Jan Palach Square), com sua belíssima vista do castelo, do rio Vltava e da Ponte Carlos (Charles Bridge), abriga a famosa estátua de Antonín Dvorak e a maravilhosa construção Rudolfinum, a casa de música de Praga.

Outro ponto que chamou minha atenção e me marcou por conta da sua história foi a chamada ‘Parede de Lennon’. Desde a década de 80, essa parede em Praga vem sendo preenchida com letras de músicas dos Beatles e graffiti inspirados em John Lennon. Tudo começou como uma forma de expressão rebelde contra o regime comunista de Gustáv Husák, em 1988.

Jovens tchecos eram proibidos de consumir qualquer tipo de produto ou cultura fora do comunismo, não podiam ouvir músicas e não existia liberdade de expressão. Assim começaram os graffitis nessa parede e, desde então, ela continua como uma obra viva, recebendo mais e mais pinturas inspiradas em paz, amor, John Lennon e na coragem desses primeiros jovens a desafiar seu governo.

Assim como toda a República Tcheca, Praga ficou sucumbida à dominação nazista durante o período da Segunda Guerra Mundial. Mas mesmo antes disso, os judeus da cidade já sofriam discriminação e viviam segregados ao Josefov (Quarteirão Judaico – Jewish Quarter), pertinho da Cidade Velha (Old Town). Franz Kafka é o grande nome que saiu desse gueto judaico.

A maior parte da área, no entanto, foi demolida entre 1893 e 1913 como parte de uma iniciativa de remodelação da cidade de Praga aos moldes de Paris. Com apenas seis sinagogas, o antigo cemitério (empilhado de lápides e túmulos, um sobre o outro) e a antiga prefeitura judaica, era de se esperar que tudo tivesse sido demolido quando os nazistas alemãs ocuparam a cidade. Porém, Hitler tinha outros planos em sua mente: aquela área seria preservada como um ‘museu exótico da raça extinta’.

Após o final do tour de bicicleta, tivemos a tarde toda livre para curtir a cidade como bem entendêssemos. O bom de Praga é que a parte que interessa é bem pequena. Dá para ir andando para todos os lugares, o que facilita muito o turismo.

Além disso, por estar indo e vindo a pé, no terceiro dia eu já dominava toda a topografia e nem precisava mais olhar o mapa.

Aos poucos, você vai conhecendo todo o grupo de pessoas que estão viajando com você, sabendo dos seus gostos, interesses e expectativas da viagem. Assim, você acaba sentindo e se aproximando de quem será uma boa companhia para explorar a cidade durante as horas livres do dia.

Eu já sabia que certo grupo de meninas iria aproveitar para fazer compras, outro grupo estava planejando o almoço e, por fim, um grupo discutia que museu ir. Logicamente, fui com o terceiro.

Durante o bike tour, nossa guia apontou inúmeras esculturas um tanto quanto polêmicas, todas pertencentes ao mesmo artista tcheco, David Cerny. Fiquei maravilhada pela criatividade e coragem do escultor, que expõe o que pensa e cutuca diversos pontos da sociedade.

Minha escultura favorita foi a ‘Mijo’, uma ‘fonte’ onde dois homens urinam sobre o mapa da República Tcheca, uma forma de provocação mostrando que os políticos não estão nem aí para o que o povo tcheco pensa.

Primeiro o muro do Lennon, depois as esculturas de David Cerny. Gostei realmente da rebeldia tcheca e sua visão artística moderna. Assim, escolhi visitar o Museu Kampa, de arte moderna tcheca.

O museu fica dentro de um parque, de frente ao rio Vltava e ao lado das famosas esculturas de bebês gigantes de David Cerny.

Eu adorei esse museu e se você gosta de arte moderna ou não tem preconceitos, super vale a pena a visita para se impressionar com a criatividade tcheca.

Além desse, visitei alguns museus mais tradicionais, de arte clássica e barroca, que ficam dentro do Castelo de Praga. Aliás, existem diversas atividades dentro do Castelo, como museus e tours. Ali do lado, no caminho do castelo, também existe uma belíssima igreja ao qual eu precisei entrar e conferir as belezas internas.

Para entrar na chamada Chrám sv. Mikuláše ou Catedral de São Nicholas tem que pagar, mas é bacana conhecer. Lá também existem diversos concertos de música clássica durante a noite.

Mais um dia de muitas façanhas e descobertas nesse intensivo tour cultural pelo Leste Europeu com o Contiki e o STB.

 

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