Intercâmbio Au Pair é uma ótima para quem quer viajar ao exterior

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Como a maioria já sabe, toda Au Pair tem direito a duas semanas de férias remuneradas por ano. Eu digo por ano porque o programa pode ser estendido por até 2 anos!

Muitas meninas me perguntam se é possível sair do país durante o programa e qual é o melhor destino a ser escolhido, por isso resolvi escrever um post sobre isso, já que esse assunto fez parte da minha experiência aqui nos EUA.

Dá para tirar férias remuneradas com intercâmbio Au Pair

Já estou pra completar meu primeiro ano como Au Pair e estendi o programa por mais 6 meses, portanto ficarei aqui nos EUA até outubro desse ano!

Em julho do ano passado, tirei minha primeira semana de férias, que foi aquela viagem maravilhosa para Las Vegas e para o Grand Canyon que contei aqui no blog em 7 (!!!) partes, de tanta história que acumulei!

Também já tirei minha segunda semana no comecinho de janeiro desse ano e adivinhem… fui para a Europa! Pois é, minha gente. Fui visitar meu namorado na Inglaterra, onde passeamos por Londres, Manchester, Barnsley, umas cidadezinhas ao redor de Sheffield e Liverpool e também ficamos 3 dias em Paris!!!

E agora, por causa da extensão de 6 meses do programa, ainda tenho mais umas férias pra tirar! Que delícia! Não há nada melhor na vida do que viajar!

 

Em meu programa Au Pair, aproveitei par ir à Europa

Minha viagem pra Europa foi organizada super em cima da hora, ainda mais porque eu não tinha planos de tirar férias em janeiro, quando ainda é inverno no hemisfério norte, até que me dei conta que eu só poderia viajar para fora dos Estados Unidos até o mês de fevereiro, pois seria a data em que meu visto americano expiraria.

Quando meu namorado se mudou de vez pra Inglaterra e ficou sem previsões de quando poderia retornar aos EUA novamente, vi que viajar em janeiro pra gente se encontrar seria a única solução! E foi a melhor decisão que tomei, sem dúvidas.

No começo, eu tinha em mente que usaria todo o meu tempo livre do programa para conhecer somente lugares dos Estados Unidos, pois se escolhi fazer intercâmbio aqui, queria aproveitar para conhecer tudinho!

Mas depois analisei possibilidades e vi que os preços das passagens para a Europa voando dos Estados Unidos são zilhares de vezes mais acessíveis do que se um dia eu decidisse ir do Brasil pra lá.

Pensei, pensei, pensei e vi que não tinha motivos para reservar todas as minhas férias para os Estados Unidos, já que eu ainda posso viajar por aqui em qualquer outro tempo livre e também no grace period, que é o mês extra que toda Au Pair ganha no final do programa só pra ficar viajando por aí. Nada mal, né? E também porque conhecer Londres sempre foi um sonho de infância e que fico muito feliz de tê-lo realizado!!!

Enfim, vamos ao que interessa: já é complicado e bem burocrático morar num país que não é o seu. Mais complicado ainda é viajar de um país que não é seu para outro país que não é seu! Sei que parece simples, mas eu sou daquelas que fica com frio na barriga em aeroporto, principalmente na hora em que estão checando meu passaporte, sei lá!

Eu não sou criminosa, sou uma boa garota, mas tenho medo de ser confundida com alguém ou que me façam alguma pergunta em outra língua que eu não consiga entender! Sabendo que sou assim, toda esquisita, resolvi me precaver de todas as maneiras para minha ilustre chegada no aeroporto de Londres.

Primeiramente, falei com todas as pessoas brasileiras que eu conheço que já foram pra Londres e 100% delas me falaram que é a pior imigração que já passaram, que perguntam até a cor da sua roupa de baixo e são super, mas super desconfiados.

E ouvi também que esse ano estão ainda mais restritos por causa das Olimpíadas de Londres. Pensando nisso, pensei até em mudar meu vôo de chegada para Paris e depois ir para Londres de trem, mas ficaria bem mais caro e meu namorado não conseguiria me buscar em Paris, aí teria que me virar sozinha. Missão abortada… melhor encarar a imigração britânica!

Primeiro passo: mandei uma mensagem desesperada para a Rebiscoito, a nossa Friend aqui do blog que está fazendo intercâmbio em Londres, e perguntei tudo o que ela sabia sobre a imigração de lá.

Por coincidência, ela me contou que a mãe dela foi visitá-la e para facilitar a entrada no país, o namorado da Rê, que é um cidadão europeu, escreveu uma carta-convite para o oficial da imigração para que a mãe da Rê pudesse apresentar quando chegasse lá provando que ela teria lugar pra ficar e coisas do tipo, pois o pessoal da imigração tá preocupado se você tem como se manter no país durante os dias que vai ficar lá.

Com essa da dica da Rê, pedi pro meu namorado fazer a mesma coisa! Ele escreveu uma carta pro oficial da imigração se apresentando, colocando infos pessoais como endereço, telefone, número do passaporte, profissão etc e dizendo que durante meus 10 dias de estadia eu ficaria na casa dele e coisas do tipo. Ufa, uma coisa a menos para se preocupar.

Segundo passo: falei com uma amiga que também é Au Pair que já foi pra Londres e ela disse que a host mom dela escreveu uma carta explicando a situação dela nos EUA.

Pronto, mais uma dica. Minha host mom não se importou em fazer o mesmo por mim e escreveu uma carta bem bacana explicando um pouco sobre o programa Au Pair, do que eu fazia aqui nos EUA, colocou infos da família, falou do meu salário, das minhas férias e blá blá blá. Tudo pra provar que sou alguém no mundo! Hahaha!

Terceiro passo: abri uma conta no banco e coloquei todo o dinheiro que eu tinha lá, aí pude imprimir meu extrato para caso pedissem (e geralmente pedem), provar que poderia me manter em Londres nos meus 10 dias de viagem sem contar com hospedagem. Além do cartão de crédito do banco, levei meu Cartão Travel Money, para mostrar que sou intercambista e tenho um cartão temporário e também levei uma quantia em cash para emergências.

Quarto passo (que deveria ter sido o primeiro): Liguei para minha coordenadora local da Au Pair Care avisando que eu sairia do país. Ela me deu dicas IMPORTANTÍSSIMAS (Au Pairs, guardem isso para o futuro): Tive que verificar todo o meu DS-160 (assinaturas e datas) e levá-lo comigo na viagem, pois mesmo com o visto ainda válido, eu não conseguiria entrar de volta nos EUA sem o meu DS. Não me perguntem porquê pois nunca consegui entender, mas acredito que tenha algo a ver com o visto J-1. Verificar a validade do passaporte: deveria ser válido por pelo menos 6 meses a partir da data da viagem. Essa foi por pouco. Meu passaporte vence em novembro! Verificar se eu tinha grudado no meu passaporte um cartãozinho chamado I-94, que ganhamos na imigração assim que entramos no país pela primeira vez. TUDO CHECKED!

Quinto passo: Só por precaução (e até um pouco de exagero), pedi pro meu pai escanear e me mandar por email um documento que prova que tenho vínculo no Brasil, pois até então só havia provado meus vínculos nos EUA. Eu tinha um carro no meu nome, então levei cópia do documento. Tinha a prova de que tranquei a faculdade e tinha informações sobre meu pai, caso achassem que sou uma fugitiva filha de ninguém, rs.

Eu estava morrendo de medo de ser barrada pela imigração, não vou mentir. O problema de viajar para a Europa como turista, principalmente para a Inglaterra, é que o ‘visto’ é tirado lá na hora! É em solo britânico que decidem se você vai entrar no país ou não. Imagina gastar uma grana em passagem, reserva de hotéis, uma semana de férias dos sonhos pra chegar lá e o carinha dizer que você não pode entrar no país? Muita tristeza!

Enquanto eu estava na fila da imigração, vi muita gente ter o carimbo negado e sair da fila com o rabo entre as pernas. Eu já estava suando frio… mas quando chegou minha vez, a mocinha foi um amor, só perguntou o que eu fazia nos EUA e o que queria fazer na Inglaterra. Eu respondi: ‘Sou Au Pair, sempre quis conhecer Londres e tirei uma semana de férias pra passear. Quero muito ver o Big Ben!’ Sim, essa foi minha resposta. Em hipótese alguma eu diria que foi pra visitar o namorado porque aí já poderiam achar que eu tava indo lá pra casar e sei lá o quê. Muito suspeita! HAhaha! Pronto! Welcome to United Kingdom, Beatriz!!!

Minha viagem foi um sucesso e aproveitei muito, mas muito mesmo! Passei mais nervoso na imigração da França, que, acreditem ou não, foi pior do que a da Inglaterra! Mas meu namorado, que é cidadão britânico, estava comigo, então foi mais fácil. Ele falava por mim e os carinhas nem questionavam muito!

Agora outras dicas importantíssimas para viajar em seu programa Au PAir:

Au Pairs só podem viajar para fora dos EUA no PRIMEIRO ano do intercâmbio, assim como eu fiz, a não ser que antes da extensão você vá para o Brasil e consiga um novo visto. Sem um visto novo, a imigração americana não te deixará entrar no país.

Os destinos mais escolhidos pelas Au Pairs nas viagens fora do país são: cruzeiro para as Bahamas, Jamaica, Ilhas Cayman e Cozumel. México em geral, principalmente Cancún (ótima escolha no Spring Break, se você gosta de balada). Europa, pois o preço das passagens vale mesmo a pena! Quando comprei a minha para Londres, estava mais barato que ir pra Califórnia, que seria o destino das minhas férias, caso eu não tivesse ido pra Europa. Brasil! Pois é, tem muita Au Pair que entra numa homesick danada ou tira férias para visitar a família no BR. Particularmente, não acho uma boa ideia. Penso que temos a vida inteira no Brasil e todo mundo que a gente ama está lá esperando… 1 ano ou 2 passa tão rapidinho aqui. Melhor aproveitar o tempo livre pra conhecer lugares diferentes!!! E algumas meninas também vão para o Canadá, que é bem pertinho, principalmente para quem mora no norte dos EUA. Portanto, se o seu intercâmbio nos EUA for por meio do programa Au Pair, aproveite as férias para conhecer outros países. 

É isso, pessoal!

Espero que tenham gostado das dicas!

Beijão!

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