Medo de viajar sozinha? Coragem! Você domina esse fantasma

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A  ideia de viajar sozinha sempre me assustou. E por conta disso, eu ficava dependente de outras pessoas para poder curtir uma viagem. Amigos, família, namorado. Dependência que envolvia inclusive a data de viagem, dinheiro, destino, duração e, o pior, indecisão. Claro que esse tipo de problema é facilmente resolvido se você viajar num grupo, como os muitos organizados pelo STB. Mas se sua intenção é superar o medo, talvez minha experiência seja útil.

Quanto maior o grupo de pessoas com quem eu começava a programar as férias, mais difícil se tornava a viagem, dentro ou fora do Brasil. Na real, só consegui concretizar uma viagem para além das fronteiras com um grupo de amigos. O resto nunca saiu do plano dos sonhos. Fomos para Buenos Aires, que nem é tão longe, nem tão diferente assim. Eu estava perdendo a oportunidade de conhecer o mundo, dependente da dependência.

Eu queria viajar. Conhecer culturas, pessoas, comidas, arte. Queria poder escolher a data, a duração e o destino que mais me agradasse dependendo das minhas vontades e condição financeira. Queria deixar de esperar, deixar a dependência e começar a aproveitar.

Mas deixar essa ‘dependência’ é difícil e, no começo, precisa de muita coragem e força de vontade. Ninguém gosta de se sentir ‘sozinha’, ainda mais em um país desconhecido. Comigo não foi diferente.

Mas se você parar para pensar, TUDO um dia já foi ‘desconhecido’. Todos os seus lugares favoritos, sua escola, a faculdade, seus melhores amigos, seu namorado. Sempre existe a primeira vez para cada uma das coisas, pessoas e lugares. A insegurança, aos poucos, se torna segurança, e então, conforto. Mas para enfim chegar a essa fase de conforto, você tem que desbravar o desconhecido.

Mesmo em um lugar completamente desconhecido, depois de um ou dois dias, já começamos a criar nossa própria nova zona de conforto fora de casa. Nos familiarizamos com o hotel, com algumas ruas, com alguns mercadinhos, e aos poucos, vamos nos sentindo mais e mais confiantes naquela nova cidade. Em menos de uma semana em um lugar, você já domina as linhas de metrô e já tem até seu bar favorito.

Viajar sozinha também é uma lenda. A não ser que você vá para uma ilha completamente deserta, você irá encontrar e interagir com dezenas de pessoas durante a viagem e fazer novos amigos. E se tem um curso ou um intercâmbio na programação, fica mais fácil ainda! (e essa é, sem dúvida nenhuma, uma ótima solução).

Então por que o medo? Por que essa insegurança, indecisão e dependência?

Eu percebi que não havia nada a temer na primeira vez que peguei o avião sozinha. Fui de São Paulo ao Rio de Janeiro. Mesmo sendo um vôo curtinho, era a minha primeira vez sozinha e senti frio na barriga. O avião decolou, voou, pousou, desci, peguei a minha mala e entrei em um táxi. Simples assim. E simples assim fui aos poucos vencendo o medo de viajar sozinha e começando a aproveitar as oportunidades. Ainda tenho borboletas no estômago a cada nova viagem, mas aprendi a transformar o medo em excitação e curiosidade.

Viajar com os amigos é super legal, não posso negar. Mas viajar sozinha também é muito bom. São duas experiências diferentes e ambas valem ser vividas.

Então, na próxima vez que quiser tirar férias, lembre-se desse post. Respire fundo e faça seus planos. Viajar sozinha não é nenhum bicho de sete cabeças, nem química quântica. É sua vida, seus caminhos, suas escolhas. Eu passei por essa experiência, tomei coragem e venci. Hoje rodo o mundo viajando sozinha. E se eu consegui, você com certeza vai conseguir também!


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