O aluno que pretende fazer o High School no exteriordeve conhecer diversos tipos de sistemas educacionais para entender o que mais se encaixa ao estilo de aprendizado e planos futuros.
Cada país adota um sistema educacional com estrutura, currículo e formas de avaliação próprias. Saber como esses modelos operam pode ajudar na hora de tomar decisões mais alinhadas ao perfil do estudante, metas acadêmicas e ao contexto familiar.
Por que fazer o High School no exterior?
Fazer o ensino médio fora do Brasil é uma escolha que envolve planejamento e investimento, podendo impactar diretamente o plano de vida e a trajetória acadêmica do estudante. Por isso, é preciso ter clareza sobre os objetivos educacionais e profissionais.
Nessa etapa, as decisões impactam diretamente o ingresso em universidades internacionais, sendo importante o domínio de um segundo idioma, construção de uma rede global de contatos e preparação para o mercado de trabalho.
Neste conteúdo, você vai entender como funcionam os principais sistemas de ensino médio ao redor do mundo, como o americano, britânico, canadense, australiano, neozelandês e o International Baccalaureate (IB), além dos principais fatores para levar em consideração na hora de escolher o mais adequado ao perfil e objetivos futuros.
Sistema Americano
O sistema americano é um dos mais reconhecidos em todo o mundo, presente em milhares de escolas públicas e privadas nos Estados Unidos. Esse modelo é amplamente adotado em programas de intercâmbio e aceito por universidades nos EUA, Canadá, Austrália e diversos países europeus.
O High School: é compreendido pelos anos 9, 10, 11 e 12, também conhecidos como Freshman, Sophomore, Junior e Senior.
Ano letivo: é dividido em dois semestres letivos.
Duração do ano acadêmico: inicia-se entre os meses de agosto e setembro e termina em meados de maio ou junho.
Matérias: com diferentes níveis em cada matéria, disciplinas vocacionais e muitas atividades extracurriculares e esportivas, o sistema americano permite que o aluno se familiarize com o método de ensino do país, o que é uma vantagem caso você queira cursar uma universidade nos EUA.
O Hideki fez o High School em Michigan, nos Estados Unidos! Veja como foi no Canal do Intercâmbio!
Sistema Inglês
Utilizado no Reino Unido e em diversos países da Commonwealth, o sistema britânico se destaca pela ênfase na especialização acadêmica, com reconhecimento direto para ingresso em instituições como Oxford, Cambridge, além de universidades europeias e asiáticas. Também está presente em escolas internacionais em mais de 160 países.
O High School: é compreendido pelos anos 10 e 11 (conhecidos como GCSE) e 12 e 13 (conhecidos como A Levels).
Ano letivo: é dividido em três termos letivos.
Duração do ano acadêmico: inicia-se no mês de setembro e encerra-se em junho.
Matérias: o aluno tem a possibilidade de focar nas áreas de conhecimento que tem maior habilidade. Nos dois últimos anos, é possível deixar de lado disciplinas que não são de seu interesse profissional. Cursar o currículo nacional britânico pode ser um passo decisivo para quem deseja ingressar nas melhores universidades do Reino Unido.
Sistema Canadense
Cada vez mais procurado por estudantes internacionais, o currículo acadêmico do Canadá pode variar entre as províncias, sempre mantendo os padrões nacionais de qualidade. O sistema permite combinações flexíveis de disciplinas e oferece suporte a diferentes perfis de aprendizagem, opção atrativa tanto para quem busca ingresso em universidades quanto para quem deseja desenvolver competências práticas ao longo do ensino médio.
O High School: na maior parte do país, o ensino médio é compreendido pelos anos 9, 10, 11 e 12. Em Québec, são cinco anos de ensino médio, do ano 7 ao 11.
Ano letivo: é dividido em dois semestres letivos.
Duração do ano acadêmico: inicia-se na primeira semana de setembro. O ano acadêmico termina no final do mês de junho.
Matérias: o sistema oferece matérias básicas teóricas e vocacionais, como mecânica, artes, teatro, psicologia ou marketing. Esse currículo é aplicado de forma prática nas escolas por meio de laboratórios específicos.
Sistema Australiano
O sistema australiano oferece ensino de excelência e preparação profissional, com múltiplos caminhos, tanto no ensino universitário como técnico e profissional. Apesar de variar de acordo com o estado, com programas como o HSC (Higher School Certificate, em New South Wales) e o VCE (Victorian Certificate of Education, em Victoria), se destaca por oferecer uma formação integral, em que os alunos podem sair formados com certificados profissionais (Cert. II, Cert. III), facilitando o acesso tanto à universidade quanto ao mercado de trabalho.
O High School: é composto por seis anos de ensino: 7, 8, 9, 10, 11 e 12, exceto nos estados de New South Wales, Queensland e South Australia, nos quais o ensino médio começa no 8º ano.
Ano letivo: é dividido em quatro termos, com férias de duas semanas entre os termos e seis semanas ao final do ano letivo. Duração do ano acadêmico: inicia-se na primeira semana de fevereiro e termina na primeira quinzena de dezembro.
Matérias: a Austrália tem uma grande demanda por profissionais com conhecimento técnico que estejam aptos a ocupar as muitas vagas do mercado de trabalho. Por isso, o ensino vocacional nas escolas é muito bem desenvolvido e oferece conhecimento técnico suficiente para que você entre no mercado de trabalho ou tenha capacidade de definir seu plano de carreira na universidade.
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Sistema Neozelandês
O NCEA, sistema oficial da Nova Zelândia, conta com uma estrutura flexível e baseada em competências, podendo ser adaptado de acordo com os interesses e objetivos do aluno, incluindo disciplinas voltadas à pesquisa, projetos práticos e habilidades. Esse sistema favorece diferentes formas de aprendizado e permite trajetórias personalizadas, sendo reconhecido em todo o mundo, especialmente por universidades da Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido e outros países que valorizam uma formação acadêmica centrada no desenvolvimento de competências.
O High School: é composto por cinco anos de ensino: 9, 10, 11, 12 e 13.
Ano letivo: é dividido em quatro termos, com férias de duas semanas entre os termos e de seis semanas ao final do ano letivo.
Duração do ano acadêmico: inicia- -se na primeira semana de fevereiro e termina na primeira quinzena de dezembro.
Matérias: os alunos neozelandeses estão entre os melhores do mundo em matemática, ciências e interpretação de texto, e as escolas mantêm uma estrutura única para atender a aptidões vocacionais nas áreas de moda, turismo, culinária, ciências marinhas e negócios. Há também os programas de educação ao ar livre (Outdoor Education), que incentivam o aluno a se manter ativo, praticando esportes como canoagem, escalada, esqui e ciclismo
Sistema IB (International Baccalaureate)
Presente em diversas escolas em 160 países, o International Baccalaureate (IB) é um dos programas de ensino médio mais internacionalizados do mundo. É estruturado para desenvolver pensamento crítico, capacidade de pesquisa, escrita acadêmica e participação em atividades extracurriculares, com foco em projetos criativos e comunitários. Aceito por universidades nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Ásia e Oceania, o IB pode ser um diferencial no processo seletivo ou garantir concessão de créditos acadêmicos no ensino superior.
O IB: é ideal para alunos que estudam em escolas internacionais no Brasil e que queiram continuar seus estudos no currículo internacional e obter o diploma no exterior.
Ano letivo: é dividido em três termos, sendo que o programa tem dois anos acadêmicos de duração (totalizando 6 termos ao final) e a maioria das escolas não autoriza que eles sejam quebrados.
Duração do ano acadêmico: depende da escola, podendo se iniciar em janeiro/fevereiro (calendário semelhante ao brasileiro) ou em agosto/setembro.
Matérias: são seis matérias, sendo três de Higher Level e três de Standard Level, além de três matérias adicionais: CAS (Creativity, Action and Service), TOQ (Teoria do Conhecimento) e Extended Essay (Trabalho Escrito Estendido). O currículo busca formar cidadãos que compreendam diferentes pontos de vista e se adaptem a um mundo globalizado.