Depois de um primeiro dia super intenso com o Contiki Tour, não há tempo de descansar… É hora de explorar ainda mais os segredos de Berlim. E para isso, nada melhor do que um walking tour pela cidade passando pelos pontos turísticos e históricos da capital alemã.
Acordamos cedo e nos encontramos com nosso guia do dia em um tour que já estava incluído no pacote do Contiki (yay!). Andamos pelo centro da cidade, cruzamos o que antigamente era o lado Leste e o lado Oeste e, a cada parada, íamos aprendendo e descobrindo mais e mais sobre a trágica história de Berlim.
O tour começou na Ilha dos Museus (‘Museumsinsel’), um complexo com cinco dos mais importantes museus de Berlim: Altes, Neues, Alte Nationalgalerie, Bode e Pergamon. O maior presente que Berlim poderia dar para os amantes da arte.
Passamos pela Neue Wache, uma construção magnífica de 1816, exemplo da arquitetura neoclássica alemã. Funciona como um memorial das guerras, desde 1931, e abriga uma estátua de uma mãe com um soldado morrendo em seus braços bem no centro. Solitário e gelado, existe um constante sentimento de respeito e pesar ao entrar dentro do edifício.
Sobre a estátua existe uma abertura para o céu, deixando-a exposta à chuvas, neve e frio e simbolizando o sofrimento do povo durante a Segunda Guerra Mundial.
Aproveitei a dica do Rafael Mendes e passei na Pariser Platz, casa do Portão de Brandemburgo, o mais importante e símbolo cidade desde 1791. Enfrentou diversas guerras e continua erguido, uma metáfora viva para os alemães.
Durante os 30 anos da Guerra Fria, o portão ficou isolado em uma terra de ninguém em meio às duas partes do Muro de Berlim.
O tour continuou passando por mais um memorial, dessa vez para homenagear e lembrar os mais de 6 milhões de judeus vítimas do Holocausto. O nome oficial traduzido do alemão é ‘Monumento do Assassinato dos Judeus na Europa’ e é um grande trabalho abstrato com 2.711 blocos de concreto espalhados, cada um diferente do outro.
Uma sensação de silêncio e prisão ao andar entre os blocos, faz lembrar um cemitério sem nome. No local, existe um pequeno museu e centro de visitantes subterrâneos.
Logo após prestar respeito pelas mortes durante esse período triste da história da humanidade, partimos em direção ao local onde o causador de tanto mal se escondia. Em uma ironia do destino, não muito longe do Memorial do Holocauto, fica o Bunker subterrâneo do Hitler. Hoje, nada mais que um estacionamento de carros em um condomínio e foi por muito tempo apagado da história.
Existe no local uma placa recém colocada, em 2006, informando o que costumava ser: o lugar onde Adolph Hitler passou seus últimos dias antes de se matar, escondido em seu bunker à prova de bomba.
O tour terminou no Checkpoint Charlie, o posto militar para estrangeiros e membros das forças aliadas poderem passar do Leste de Berlim para o Oeste de Berlim, mas não os alemães. Lá, durante a Guerra Fria, existia uma segurança intensa com revista e apresentação de passaportes, tornando a escapada para o outro lado impossível.
Mesmo assim, entre os outros ‘checkpoints’, esse ficou conhecido como o mais ‘fácil’ para escapar e se tornou um dos grandes símbolos da Guerra Fria. Hoje, é um grande ponto turístico.
Pertinho de lá, ainda existem restos erguidos do Muro de Berlim.
Tiramos algumas (muitas!) fotos por ali e entramos no Museu gratuito ‘Topographie des Terrors’ que, por meio de fotos, textos e vídeos, conta a sangrenta história do Regime Nazista de Hitler e Holocausto, que culminou na Segunda Guerra Mundial.
Aproveitamos para finalmente almoçar e fazer nosso próprio tour pela cidade, parando em lojas de souvenir e visitando algumas das principais praças da cidade, como a Potsdamer Platz e a Alexandre Platz onde fica a gigantesca TV Tower e a magnífica e estranha fonte Neptunbrunnen.
Aliás, se você gosta de souvenirs e acha interessante a história sobre a divisão alemã entre Alemanha Socialista e Alemanha Capitalista, uma loja super bacana de comprar uma lembrança é a Ampelmann Shop.
Ampelmann é o bonequinho do semáforo de pedestres da Berlim Socialista que era diferente do ícone do semáforo do outro lado. Depois da queda do muro de Berlim, o personagem virou um hit e é uma das lembranças desse período.
Final da tarde, encontramos o ônibus da Contiki no ponto marcado e fomos para o hotel para tomar um banho rápido e partir para nosso jantar. Fomos na Hofbräuhaus de Berlim, a casa de cervejas mais famosa do mundo (Prost!) e que eu já tinha tido a oportunidade de conhecer a original em Munique.
Mas estando na Alemanha, é um dos ‘must do’, já que representa muito bem o país: cervejas gigantescas, mesas para toda a família e amigos, música típica, garçons fantasiados e, claro, a comida alemã.
A culinária alemã não é meu estilo, mas já que estou viajando, resolvi entrar na dança e pedir um prato típico. Minha escolha foi pelo Pork Knuckle, um gigantesco prato com carne de porco e os famosos dumplings de batata alemães (que nada têm a ver com os chineses!). O prato é ótimo… Para dividir!
É completamente enorme e impossível de comer sozinha. Larguei 2/3 do prato e ainda fiquei conversando com a comida durante toda a noite. Recomendo apenas se você for mesmo dividir com alguém ou se tiver muita curiosidade, hahaha. De qualquer forma, a cerveja ajuda a comida descer e é uma experiência cultural para lembrar para sempre!
Se você se interessou por essa incrível experiência, esse foi o tour do Contiki que eu fiz pelo STB, ‘De Berlim à Budapeste’.