Conhecendo ‘Berlim’ | Contiki Tour pelo Leste Europeu

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Deixando Portugal, peguei um vôo pela EasyJet e cheguei à Berlim já de noite. Começava a minha aventura com a turma do Contiki! O tour que escolhi foi pelo ‘Leste Europeu’. De Berlim à Budapeste, passando por Viena, Praga e outras cidades.

Quando vi que o STB tinha esse tour com o Contiki, meu coração bateu mais forte. Já havia feito no ano anterior um tour pela parte clássica da Europa (Inglaterra, França, Itália etc), mas me aventurar por lugares tão misteriosos e diferentes, onde eu não faço ideia da língua era uma viagem que eu sempre quis fazer. Agora, estava eu ali, no meio da área ex-comunista de Berlim, doida para conhecer a antiga Europa Comunista!

Como já estava tarde e era minha primeira vez na cidade, preferi não arriscar me perder e peguei um táxi do aeroporto ao hotel. O táxi saiu menos que eu imaginava, 20 Euros, e em um instante já estava instalada. Porém, conversei no dia seguinte com algumas pessoas e parece bem tranquilo e barato pegar o trêm do aeroporto e depois se transferir para uma linha de metrô até algum hotel.

O friozinho na barriga característico estava de volta. Mais uma aventura pela frente e eu não tinha ideia de quem iria conhecer. Fiz o check-in no hotel e pelo meu vôo ser noturno, a grande maioria dos outros viajantes do Contiki já havia chegado, ido jantar juntos e estavam em um bar. Fui então para o meu quarto, pensando que minha roommate estaria no bar com o pessoal. Engano meu, ela estava era dormindo, se preparando para o dia seguinte! Coitada, acordei a pobrezinha! Foi bom que ela estava no quarto, assim já aproveitei para me apresentar, conhecê-la e fofocar sobre o que eu tinha perdido do jantar, quem eram os outros viajantes e como era o grupo.

O nome dela era Jenn, uma australiana que morava na Escócia. Conversamos, claro, em inglês. Aliás, o inglês é a língua básica do Contiki. São dezenas de pessoas de diferentes partes do mundo juntas, logo, o inglês se torna a língua oficial, já que o Esperanto não pegou! É uma ótima forma de treinar seu inglês e também entender e se acostumar com diferentes sotaques.

Anyway, decidi não me aventurar pela cidade tentando encontrar o bar em que o pessoal estava e fui dormir, já que havia passado o dia de Terminal em Terminal no aeroporto! Separei a minha roupa para o dia seguinte (qualquer minuto que puder poupar de manhã vale ouuuro!) e dormi.

Dia seguinte, desço para tomar o café da manhã e começo a reparar as caras jovens no restaurante do hotel. A única pessoa que conhecia era a minha roommate Jenn, mas não a vi por ali. Sentei sozinha em uma mesa no canto e comecei a tomar meu café-da-manhã super alemão: ovos, bacon, salsicha e pretzels! Logo em seguida veio um rapaz falar comigo, o Ben. Perguntou se eu estava no tour e porque não fui no jantar na noite anterior. Yay! Já fiz um amigo! O bacana dos tours da Contiki é que você nem precisa se esforçar muito para fazer amizades, todo mundo quer conhecer todo mundo! Logo em seguida minha roommate apareceu e sentou comigo na mesa.

Café-da-manhã tomado, era hora de correr para o ônibus. Ainda não sabia direito quem estava ou não no tour e essa seria a primeira vez que teria uma boa ideia sobre a quantidade de pessoas e quem elas eram. A primeira parada do dia é um tanto quanto sombria! Assim que eu gosto, na verdade… Tenho uma super curiosidade (certa fascinação) sobre a sombria e triste história europeia. Suas guerras, o comunismo, essa cultura tão diferente sempre despertou minha atenção nas aulas de história. O nosso tour nos levou a 20 minutos da cidade de Berlim, no Memorial and Museum Sachsenhausen, um antigo campo de concentração.

Durante o trajeto, nossa guia Sophia, que é pós-graduada em História, nos lembrou tin-tin por tin-tin os acontecimentos que antecederam a Segunda Guerra Mundial e o papel desse campo de concentração durante a perseguição de Hitler aos judeus. Esse campo, na verdade, não era um campo de ‘extermínio’ e sim de ‘transferência’, o que não impedia os maus tratos e as milhares de mortes acontecerem no local. O clima por lá é super pesado, mesmo que hoje em dia pouco restou, dá uma grande tristeza interior estar ali. Dentro de cada uma das casas do terreno, existem museus super interessantes, com informações, entrevistas, vídeos, fotos e objetos originais. Vale a pena também pagar os 3 Euros na entrada e pegar um áudio guia.

Tivemos uma hora e meia para andar pelo lugar e tirar fotos. Mas tudo com muito respeito, pensando em tudo o que passou por ali, o horror que se viveu para que nunca se repita novamente. Os alemães não negam seu passado negro e nem se esquecem do que aconteceu, mas buscam aprender com os erros e, um dia, recuperar o respeito das outras nações. Todas as crianças alemãs são obrigadas a visitar campos de concentração durante o período escolar. Essa é uma forma de educá-las quanto ao passado e fazê-las conscientes do mal que seus conterrâneos causaram.

Voltamos para Berlim e o ônibus do tour nos deixou em um ponto estratégico da cidade: a zona de Museus. A tarde era livre, então me reuni com um grupo de meninas e fomos almoçar antes de explorar a região. Depois do almoço, passeando e tirando muitas fotos, visitamos o Domo de Berlim e encontramos uma feirinha de artesanato bem bacana (arte mesmo, não coisa breguinha e feia!), chamada Bücher- und Handwerkermarkt.

De lá, andamos até o famoso prédio do Parlamento Alemão, o Reichstag, e nos reunimos com mais algumas pessoas do grupo para um tour pelo parlamento que estava incluso na programação do Contiki. O prédio é magnífico e quando você entra, recebe um áudio guia mágico! Hahaha, juro! O guia acompanha onde você está dentro do prédio e te dá informações sobre o que você está vendo. Mas não ande devagar demais, senão o áudio guia até dá uma bronca, fantástico! Ahhh, lembrete… Para entrar no prédio do Reichstag é necessário fazer reserva, levar seu passaporte e passar por segurança, tipo de aeroporto.

Dia cheio, e foi só o primeiro! Mas ainda não acabou não. Voltei para o hotel e tive somente tempo de tomar um banho rápido e devorar um sanduíche com as meninas que conheci durante a tarde. Isso porque iríamos sair em grupo para um pub crawl orquestrado pelo Contiki. Para quem não conhece, ‘pub crawl’ é um termo usado para ir em diversos bares em uma mesma noite. Em cada bar, normalmente, você recebe um shot e fica cerca de uma hora, seguindo para o próximo bar, até terminar a noite em uma balada. É uma boa forma de conhecer diversos ambientes em uma mesma noite e perfeito para quem viaja e passa poucas noites em uma cidade.

O pub crawl é uma das vantagens de se fazer um tour Contiki onde todo mundo é jovem, é uma das formas de quebrar o gelo entre a galera! É depois de uma noite dessas que todos no tour se tornam muito amigos, hahaha! O primeiro bar que fomos foi o CCCP, um bar com um estilo jazz/rock and roll, com um ambiente super bacana da época ‘soviética’. Os outros bares… Well, eu não me recordo do nome (hahaha). Mas a noite acabou na Matrix, uma das melhores baladas que fui nesse tour!

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