Chegadas e partidas no Curso de Francês

Em curso intensivo, novidade é palavra de ordem na sala – do quadro negro ao “quadro” de alunos. Como as aulas são livres, isto é, não existe um começo, meio ou conclusão dos estudos, pessoas entram e saem, começam e terminam seus períodos de acordo com o tempo “letivo” em Paris.

Em três semanas de France Langue, minha turma já dobrou de tamanho e encolheu com uma velocidade tão grande quanto os diálogos que escutamos diariamente em classe: da noite para o dia, foram embora amigos que fiz em questão de horas e ao mesmo tempo, em fração de segundos, surgiram novas caras ocupando as mesas e cadeiras do pequeno ateliê da Rue Léonard de Vinci – em especial, a simpaticíssima irmã Carmen, freira espanhola enviada dos céus para me ajudar a conjugar o mais que perfeito corretamente!

Os que foram, levaram consigo seus olhares e humores que agora se perdem no mesmo mundo que um dia se lançaram. Aos que chegam neste inverno que já se anuncia, com a força do frio e o sabor do vento, com a chuva que transforma a paisagem da cidade, nos juntamos e nos aquecemos para, enfim, nos sentirmos aquecidos dentro de sala.

Com eles, a certeza de que novas histórias e amizades surgirão com a mesma rapidez daqueles que partiram. Ficam as lembranças, renovam-se as esperanças, alegrias e, claro, um novo verbo difícil de decorar. Mas a vida, mesmo quando o presente é imperfeito, nos dá a certeza que o futuro será mais que perfeito. É indicativo!