QUAIS SÃO AS CARREIRAS DO FUTURO E ONDE ESTUDAR

Tecnologias disruptivas, robótica e big data são alguns dos temas que definem a forma como as pessoas trabalham hoje e que podem impactar de maneira ainda mais decisiva as carreiras do futuro.  Não por acaso, cada vez mais estudantes e profissionais têm buscado maneiras de combater com qualificação os efeitos da tecnologia.

Os dados obtidos por meio de pesquisas sobre automação são preocupantes e sugerem um cenário ainda mais competitivo para o profissional do futuro. Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group prevê que mais de um quarto dos empregos devem ser substituídos por softwares inteligentes ou por robôs até 2025. Já a consultoria americana DaVinci Institute, dedicada a pesquisas sobre o futuro e que atende clientes como Nasa e IBM, vai ainda mais longe: 2 bilhões de postos podem desaparecer até 2030.

Mas, afinal, como a tecnologia vai impactar o mercado de trabalho tradicional?

Um estudo realizado por acadêmicos da Universidade de Oxford, em 2013, examinou 702 ocupações comuns e descobriu que alguns empregos correm mais risco de automação do que outros. Batizado The Future of Employment, o experimento descobriu que 47% dos empregos tradicionais dos Estados Unidos estão ameaçados.

Martin Ford, autor do livro Rise of the Robots: Technology and the Threat of a Jobless Future, explica que os profissionais mais ameaçados são aqueles que contam com uma rotina repetitiva e previsível. Neste contexto, atividades que envolvem a confecção de relatórios e planilhas, por exemplo, tendem a vulnerabilidade no futuro, quando poderão ser facilmente realizados por softwares inteligentes.

Em contrapartida, funções que exigem ideias criativas e originais carregam uma vantagem significativa em face da automação. Além disso, tarefas que demandam alto grau de inteligência social e habilidades de negociação, como posições gerenciais, estão consideravelmente menos arriscadas pela inteligência artificial, de acordo com a Universidade de Oxford.

Tecnologia x Oportunidades de emprego

Antes de se desesperar com o cenário de mudanças que promete o futuro, é importante saber que a automação não é uma má notícia. Um estudo realizado pela McKinsey & Company, em janeiro, afirma que para cada posto de trabalho eliminado pela tecnologia, cerca de dois novos postos serão criados no futuro, principalmente em startups e empresas dispostas a evoluir em seus negócios.

Consultor em futurologia e diretor executivo do DaVinci Institute, Thomas Frey acredita que os próximos anos não serão de desemprego, mas de redistribuição. Isso quer dizer que os trabalhos não desaparecerão completamente, mas serão redefinidos. Na prática, isso significa que, para sobreviver, os profissionais deverão demonstrar novas habilidades.

“Vamos observar a proliferação de diferentes tarefas em inúmeras profissões. Um exemplo: hoje em dia, um advogado não precisa desenvolver sistemas jurídicos, mas o advogado de 2025 provavelmente irá. Eles ainda serão chamados de advogados, mas estarão fazendo coisas diferentes”, explicou o professor Richard Susskind, autor de The Future of The Professions and Tomorrow’s Lawyers, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

E quais serão as profissões do futuro?

Tecnologia e segurança de informação

De acordo com o banco americano Morgan Stanley, a internet deverá conectar 75 bilhões de aparelhos até 2020, o que tende a aumentar ainda mais a já existente ameaça de invasões cibernéticas e de roubo de dados.  Neste contexto, profissionais capazes de criar sistemas de segurança ou até mesmo de auxiliar no resgate em caso de sequestro de dados serão cada vez mais valorizados.

Outro grande desafio para quem trabalha com tecnologia será lidar com a enorme quantidade de informações disponíveis. Profissionais capazes de enxergar padrões em meio a um volume gigante de dados e capazes de eliminar redundâncias e evitar cópias desnecessárias serão ainda mais demandados do que já são hoje.

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Finanças em alta

A demanda por profissionais de finanças e contabilidade experimentou um aumento nos últimos anos e deve crescer 22% até 2020, de acordo com um estudo do site Top Universities. No entanto, uma pesquisa da Accenture apontou que 80% dos cargos tradicionais na área de finanças devem ser extintos nos próximos cinco anos.

Se no passado o profissional de finanças era o responsável pelo controle do budget de empresas, atualmente, ele vem ganhando funções ainda mais complexas, atuando em áreas como planejamento, cadeia de fornecedores e até segurança cibernética.

No futuro, ele será o profissional que poderá liderar a empresa para inovar. Desta forma, aqueles que sejam capazes de aplicar uma visão mais analítica e criativa dentro do mercado das finanças têm grandes chances de se dar bem no mercado de trabalho.

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Envelhecimento da população e a área de saúde

O envelhecimento da população significa que os profissionais da área de saúde continuarão em alta. No entanto, futurólogos preveem que a medicina deve passar por uma verdadeira revolução.

Neste contexto, a medicina preventiva deve ganhar força e equipamentos versáteis para monitorar a saúde dos pacientes devem proliferar pelo mercado – a Apple, por exemplo, é uma das empresas na corrida por avanços tecnológicos na área da saúde e estuda como desenvolver um relógio com sensores capazes de medir o nível de glicose no sangue de pacientes diabéticos.

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O meio ambiente continuará a ser muito importante

A água é o bem mais importante e escasso do planeta. É por isso que, no futuro, profissionais capazes de desenvolver novas formas de extração e purificação de água serão altamente demandados pelo mercado de trabalho.

Além disso, profissionais que sejam capazes de estudar e desenvolver novas maneiras de antecipar e tomar ações preventivas para evitar desastres naturais tendem a estar cada vez mais em alta no futuro.

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Sempre existirá espaço para profissionais criativos

Ainda que 35% das habilidades mais procuradas pelo mercado de trabalho mudem até 2020, como aponta o relatório Future of Jobs, do World Economic Forum, profissionais inovadores e criativos sempre terão espaço.

“Por enquanto, os seres humanos ainda são melhores com criatividade do que os robôs”, afirma Martin Ford, autor de Rise of Robots: Technology and the Threat of a Jobless Future.  Não por acaso, a criatividade é a terceira habilidade mais destacada para 2020, de acordo com o World Economic Forum.

O que é chamado de economia criativa, entendida como o conjunto de atividades capazes de gerar mais valor agregado a um produto ou serviço, está em expansão no mercado de trabalho, que busca por profissionais inteligentes e que possam desenvolver alternativas criativas para a resolução de problemas.

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