Fazer um intercâmbio
é um divisor de águas. Pensando
nisso, convidamos a Thais Cerqueira, jornalista e pedagoga por trás do Instagram
@thaemfamilia, para nos contar os motivos pelos quais ela resolveu investir em
uma experiência internacional com toda a família.
A Thais, que contou com o apoio do STB | Universidades para organizar o intercâmbio da sua filha Manu, aluna da USF – University of South Florida, teve a oportunidade de estudar no exterior quando era adolescente e, no texto abaixo, conta um pouco mais sobre os motivos que a levaram a querer proporcionar a mesma experiência para as filhas. Confira:
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“Quando eu tinha 13 anos, meu pai ganhou uma bolsa para fazer
doutorado na Inglaterra. Eu e minha irmã Samantha, dois anos mais velha,
morávamos com ele no Rio de Janeiro, enquanto minha mãe experimentava uma vida
mais pacata em Friburgo, na região serrana.
Chegamos a viver com ela lá por dois anos depois da separação, mas
voltamos para nossa cidade natal na expectativa dessa mudança internacional.
Com certeza, abrir mão do convívio com as filhas e passar por cima da saudade
que sentia para permitir que embarcássemos nessa experiência foi uma decisão
muito difícil para minha mãe.
Hoje, olho para trás e agradeço. Se não fosse pelo amor altruísta dela,
eu não teria vivido tudo o que vivi e me tornado a pessoa que sou hoje. Falo
isso porque muitos pais impedem os filhos de voarem por apego em excesso, medo
dos próprios sentimentos e dependência. É preciso coragem para dar asas às
crias.
Naquela época, não havia internet, redes sociais e muito menos Facetime.
Foram 4 anos de comunicação à base de cartinhas, porque o telefonema custava
caro demais. Lembro como se fosse ontem meu primeiro dia na escola pública, em
Bristol, uma cidadezinha ao sudoeste das terras britânicas.
Eu tinha um inglês básico de cursinho, o que significava nada, e não
havia um brasileiro na minha sala. Mas eu fazia questão de chegar de manhã para
a aula com o meu maior sorriso, meu melhor astral. E fui conquistando as
pessoas, justamente, pela minha disponibilidade e vontade em aprender e fazer
amizades.
Esse esforço é muito importante para quem quer usufruir ao máximo de uma
temporada em outro país. Eu participava ativamente de todos os eventos,
aceitava todos os convites e absorvia cada momento como único na vida.
Enfrentava desafios culturais diariamente.
Foram esses desafios que me fizeram crescer como pessoa, mentalmente
e espiritualmente, que me fizeram amadurecer, que me tornaram mais empática,
menos materialista e que abriram a minha cabeça para novas perspectivas.
Voltei para o Brasil com 17 anos, me formei em jornalismo, depois em pedagogia.
Conquistei meu espaço nas áreas que sempre desejei, com a coragem e a
determinação de quem já tinha vencido muitas barreiras na vida.
Me casei e tive duas filhas e, vendo-as crescer, a vontade de
oferecer uma experiência internacional só aumentava. Meu marido nunca teve
essa vontade. Ele nunca tinha morado fora. A vida no Brasil estava boa,
confortável, feliz… para quê mudar?
Acredito que não viemos à Terra a passeio e se a gente se mantém na
zona de conforto por muito tempo, a gente não evolui mais. Como desenvolver
habilidades e aptidões se você não cria oportunidades para descobri-las? Como
compreender sua própria identidade sem conhecer a diversidade? Como construir
conceitos sem ter contato com realidades e visões diferentes?
Pois bem, o amor e o companheirismo falaram mais alto e ele topou! Em
julho de 2020, nos lançamos nessa aventura e viemos pra Sarasota, na Flórida.
“Se não der certo a gente volta”, disse meu marido.
Mas o que é “dar certo” para você, se as dificuldades são
aprendizados e toda a experiência em si é o verdadeiro objetivo da mudança?
Estamos aqui há 6 meses e meu coração de mãe já transborda de felicidade. Não
estou querendo romantizar a vida do imigrante, muitos brasileiros sofrem por
não se ajustarem. Posso dizer, no entanto, que mesmo as histórias mais difíceis
de adaptação transformam e fortalecem o indivíduo. Por isso, eu faço
apologia mesmo. O mundo é gigante, mas ao mesmo tempo acessível e cheio de
oportunidades!”.
Quer fazer um intercâmbio e viver uma experiência como a da Thais? Fale com os nossos especialistas e descubra oportunidades incríveis no exterior!
Bruna Machado
2 de fevereiro de 2022 at 22:18
Artigo maravilhoso! Parabéns pela coragem Thais e obrigada por ser uma inspiração.
Letícia
3 de fevereiro de 2022 at 00:33
Muito legal o artigo,
Bruna
6 de fevereiro de 2022 at 08:05
Amei este artigo! Te acompanho pelo Instagram e te admiro muito, é nítido o quando você se esforça para suas filhas terem uma experiência completa nós EUA.