Uma instigante mistura de teatro, exposição de arte e show.
Essa foi minha impressão sobre o show da nossa ‘conterrânea’ nova-iorquina (com muito orgulho, como ela não cansou de repetir), Lady Gaga. Pode parecer uma grande palhaçada aos olhos de alguém de fora, mas analisando cada peça no palco e cada palavra da Gaga, a criatividade é mais que clara.
Stefani Joanne Angelina Germanotta, ou Lady Gaga, só podia pertencer a uma cidade no mundo. E essa cidade é Nova York.
Ela é Nova York. Uma personificação perfeita da cidade. Ousada, criativa, inteligente, teatral, crítica e curiosa. Com apenas 24 anos, não se apaga, se impõe. A cidade de Nova York respira arte e cultura, o que você claramente consegue perceber nas mais diferentes vertentes do que é produzido aqui: nos parques, nas galerias, nas ruas, nas pessoas.
O show aconteceu na arena do Madison Square Garden, um gigante no coração de Nova York logo em cima da Penn Station. Além dos jogos que lá acontecem, também é possível assistir a eventos especiais e shows. E por sua estrutura ser tão grandiosa, sempre há um lugar disponível e um precinho amigável.
Sobre o show em si, devo dizer que foi o que sempre esperei de Lady Gaga. Virei uma grande fã. Gaga faz o show para seu público e quer impressionar nessas 2 horas e meia. Ela vai e volta, troca de figurino 512 vezes, quase que para cada música.
Minha única reclamação é quanto a esse vai e vem que faz o show ser picado, afinal, se Lady Gaga está nos camarins se trocando, quem estará no palco cantando?
Mas em meio a tudo isso (músicas, danças exóticas, teatro e trocas de figurino), ela ainda tem tempo para telefonar para uma fã na platéia, dar atenção a outra fã que entregava presentes para ela e dar um belíssimo discurso sobre ser diferente.
Ela encoraja seus fãs a serem eles mesmos, felizes com isso e fortes. Exatamente porque ela foi forte e hoje está nos palcos. Assim, concluí que o que deu força e coragem a ela foi o grande apoio das minorias que sofreram e sofrem preconceito por escolherem ser eles mesmos.