Comecei a contar aqui nesse post um pouco sobre minha rotina como estudante de mestrado na Universidade de Nova York, a NYU. Estou fazendo o mestrado em telecomunicações interativas, ou seja, como usar novas tecnologias para conversar e interagir com usuários.
Para vocês entenderem melhor como funciona o curso e o que é que eu estou estudando e aprendendo, assim como matar a curiosidade sobre como funciona um curso de mestrado nos Estados Unidos, vou fazer um tour virtual nesse post.
Você já viu por aqui um pouquinho do prédio da Tisch, a faculdade de Artes da NYU. Agora chegou a vez de focar ainda mais no curso que eu estou fazendo que chama ITP, sigla para Interactive Telecommunications Program. A ITP têm um andar só para ela no prédio da Tisch: o 4º andar. Se você por um acaso errar o andar vai reparar como cada um é completamente diferente do outro e perceber como eles se adaptam de curso para curso dependendo das suas necessidades. Eu acho isso genial.
Por exemplo, nosso andar é o único do prédio em formato de um ‘H’. São dois corredores principais unidos por um corredor no meio. Isso foi estrategicamente pensado para que os alunos pudessem se encontrar pelos corredores e aproveitarem esse tempo para colocar o papo em dia e discutir sobre os projetos que estão trabalhando. Não tem como entrar e sair do andar de mansinho sem ser notado, você acaba passando por todos que estão por ali uma hora ou outra. Já que o curso é sobre interação e interatividade, o nosso ‘floor’ (como chamamos o 4º andar onde fica a ITP) reflete exatamente um ambiente com essa finalidade. Interessante, né?
Chegando no floor, a primeira coisa que se vê é o Matt – que sabe tudo o que está acontecendo pela ITP e ajuda a encontrar pessoas/salas – cercado por diversas mesas estilo coffee shop, que convidam as pessoas a sentar e discutir seus trabalhos em grupo de uma forma mais informal.
Seguindo pelo corredor do ‘H’ existem diversos monitores onde os alunos podem mostrar alguns projetos concluídos, trabalhos em andamento, coletar dados para outros projetos ou mesmo interagir e informar sobre os eventos da ITP. Por exemplo, todas as quintas-feiras existe um Happy Hour da ITP em algum bar e para isso é feito um vídeo de divulgação do evento. Esse vídeo é colocado em um desses monitores.
Outra forma de interação focando o social foi um jogo desenvolvido por estudantes especialmente para o corredor de monitores, onde você recebia um nome de um dos estudantes da ITP, diversas fotografias de estudantes e você tinha que ligar o nome à foto da pessoa. Esse jogo foi de extrema importância para nós começarmos a nos familiarizar com as novas carinhas e conhecermos todos os estudantes.
Continuando, temos o corredor de intersecção entre os dois lados da ITP, uma ótima área para cruzar com as pessoas e até começar uma partida de pebolim enquanto se discute códigos e tendências. Nesse corredor existe uma grande mesa comunitária onde os alunos tentam se focar nos seus projetos (o que é extremamente difícil já que, como falei, o lugar vira uma passarela para quem está indo e vindo) e um lounge com mais mesas e bancos onde a galera aproveita para almoçar e descansar.
No meio do corredor existe também uma outra sala dedicada aos alunos que querem ter mais paz enquanto fazem seus trabalhos, chamamos essa sala de Salão Japonês e costuma ser mais tranquila do que o resto do andar.
No final desse primeiro corredor fica o que chamamos de shop, uma sala dedicada a construção de objetos e eletrônicos, com tudo quanto é tipo de ferramentas e máquinas, incluindo uma impressora à laser e outra impressora 3D. O meu curso envolve muita produção. Produção de conteúdo, de objetos, de gadgets, de tudo. Assim, é no ‘shop’ que vamos para construir todos os trabalhos que serão apresentados.
Já no outro corredor ficam os escritórios dos professores, o ER da ITP (sala de equipamentos, como monitores, câmeras, laptops e microfones) e as salas de aula. Algo interessante sobre as salas de aulas é que todas foram estruturadas com mesas em estilo conferência onde os alunos ficam como em um grande círculo, criando um clima mais informal de conversação e facilitando o debate e troca de ideias.
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