Hajimemashite, Yuri desu! Prazer, eu sou a Yuri! 🙂
“Traindo” minha origem japonesa, minha primeira trip ao Oriente foi para a Coréia do Sul (Daehanminguk), onde fui recebida pela Kumi, minha roomie japonesa da Nova Zelândia (mais uma das maravilhas de se viajar: visitar e receber amigos de todo o canto do mundo)!
Culinária de Seul
Apesar das mais de 20 horas de voo, cheguei sem jet lag e pronta pra jantar! Minha primeira refeição foi o “budae jjigae”, um tipo de ensopado apimentado de lamen com salsicha e vegetais, cozido em uma panela de pedra na minha própria mesa no restaurante. Conseguem sentir o cheirinho? Uma delícia! Aos que ainda acreditam nos estereótipos, não encontrei nenhum restaurante servindo carne de cachorro… E, para os amantes de pimenta: muitos dos pratos coreanos são feitos ou acompanhados de “gochujang” (pasta de pimenta) ou “kimchi” (conserva de acelga apimentada, considerada uma das comidas mais saudáveis do mundo). A culinária, by the way, é uma das coisas legais da Coréia: os pratos são lindos e não só dão água na boca como são, de verdade, deliciosos!
Meu prato favorito: 비빔밥/Bibimbap. No “antes” o arroz, carne, vegetais, nozes, ovo e “gochujang”, tudo bem quente.
No “depois” o risoto, após misturar todos os ingredientes!
Passeando por Seul
Na minha primeira saída pra explorar a cidade, apaixonei-me por Seul ao ver que estava em meio à prédios enormes e modernos, com montanhas ao fundo, o rio Han atravessando a cidade e bairros tradicionais escondidinhos. A cidade ainda possui os oito portões de entrada construídos no século XIV, na dinastia Joseon, e o palácio real Gyeongbok, tantas vezes destruído e reformado, bem no meio dela. É possível passar uma tarde inteira nele, apreciando seus jardins e a construção típica… Nunca achei que fosse me encantar tanto com o telhado de um palácio!
Com um guidebook e a ajuda do metrô que me levava à qualquer esquina e atração, deixava o mood do dia escolher em qual estação descer. Táxi na Coréia é barato, mas passear de metrô é muito mais legal! As linhas são modernas e pessoas de todos os estilos andam nelas. Os coreanos adoram moda e lá não há preconceitos!
Por falar em moda, há galerias e feirinhas de rua por toda a cidade, com designers jovens e locais, além de preços super em conta. Outra indústria gigante lá é a de cosméticos. É impossível sair de uma loja sem uma porção de amostras, mesmo sem comprar nada!
Já ouviram falar da Korean Wave (“Onda Coreana”)? Esse é o nome dado ao aumento da popularidade da Coréia do Sul desde a década de 90, com a exportação de novelas e música para a Ásia e, mais recentemente, para o Ocidente, incluindo o Brasil. Para quem ainda não se deu conta, a cultura pop coreana está em alta!
Próximo às grandes universidades de Seul há ruas cheias de cafeterias, restaurantes, lojas de roupas e jovens artistas apresentando seus trabalhos: música, dança, teatro, artesanato… É tão legal caminhar por lugares com tanta gente criativa!
한강 / Rio Han
북촌한옥마을 / Vila Bukchon Hanok
근정전/ Hall Geunjeongjeon – 경복궁 / Palácio Gyeongbokgung
Além das linhas locais de trem, há o KTX (Korean Train Express), uma linha de alta velocidade que vai do norte ao sul da Coréia (do Sul, é claro!). Em apenas 3h de viagem, e num trem superconfortável, fui de Seul à Busan, uma cidade portuária no sul, a segunda maior cidade do país.
Em Busan, o trem também te leva até a praia! Lá, me diverti conhecendo o aquário e o Jagalchi Market, um mercado de frutos do mar. No mercado é possível comprar tudo fresco (vivo!) e, mesmo com cara de turista, muitas “ahjumas” (tias, como os coreanos chamam as senhoras mais velhas) vinham conversar comigo. Conversar?! Tentar!
Os coreanos são heavy drinkers de “soju”, o destilado nacional feito de arroz. Para acompanhar: lula desidratada! Beber na Coréia é um aprendizado que vem de cedo e é parte importante na integração com colegas de faculdade e trabalho. Mas cuidado com a etiqueta: nunca sirva seu próprio copo, sirva os dos seus colegas e deixe que eles te sirvam. E, se beber, esteja preparado para drinking rounds, que começam em restaurantes, passam por bares e terminam em karaokês!
Devido à relação turbulenta com a irmã Coréia do Norte, os jovens coreanos se alistam no exército e passam 2 anos cumprindo regime militar, em algum momento entre os 18 e os 35 anos. Imagina ter que interromper sua vida por 2 anos? Ouvi histórias de término de namoro, mudança de planos de faculdade, emprego, projetos de vida. Mas todos os amigos que fiz, sem exceção, têm um carinho especial por esse período, pelos amigos que fizeram e tudo o que aprenderam.
Da esquerda pra direita: 막걸리/Makgeolli, 소주/Soju e 백세주/Baekseju
Lula desidratada 😉
Na minha viagem à Coréia, não estudei coreano, mas aprendi muita coisa: a Coréia é colorida, acolhedora, vibrante e vale muito a pena conhecer!