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5 DICAS PARA SE ADAPTAR AO ENSINO MÉDIO NO EXTERIOR
Estudantes que já fizeram o High School dão dicas de como se adaptar ao ensino médio no exterior
Estudantes que já fizeram o High School dão dicas de como se adaptar ao ensino médio no exterior
Published
7 anos agoon
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STBPor mais empolgante que possa ser, a decisão de deixar a família e os amigos para passar um período estudando no exterior costuma dar frio na barriga e gerar certa ansiedade. Adaptar-se a outra família e a uma nova escola, a diferentes comidas e climas, e lidar com hábitos de uma cultura completamente nova são alguns dos desafios que podem parecer assustadores para quem faz High School no exterior.
Por isso, não é de se estranhar que um dos maiores medos dos estudantes seja o de não se adaptar a tantas mudanças ou de não conseguir fazer novos amigos no exterior. Mas, como bem sabem os alunos que já passaram por isso, o desconforto inicial é completamente normal e passa à medida que o aluno se acostuma com o novo ambiente. Quer saber como outros estudantes conseguiram se adaptar aos primeiros dias fazendo o ensino médio no exterior? Confira cinco dicas de quem fez High School nos Estados Unidos!
Duas das dicas mais importantes se você deseja fazer um intercâmbio nos EUA são: mantenha a mente aberta para aceitar as diferenças culturais e deixe para trás coisas que estava acostumado a fazer em sua rotina no Brasil. “Quem quer fazer intercâmbio tem que estar disposto a experimentar coisas novas”, afirma a estudante Ana Carolina Zappa, 17 anos. Mas, em um primeiro momento, manter a mente aberta pode ser um desafio.
Ana Carolina conta que apesar de ter viajado para os Estados Unidos diversas vezes antes de fazer o High School, sentiu muita dificuldade para se acostumar com a comida do país. “Eu não gosto muito do tempero dos Estados Unidos. Então essa parte foi meio chatinha para mim, mas sempre tentava pensar que aquela era uma situação temporária e que tudo bem se eu não encontrasse lá a mesma comida do Brasil”, diz.
Já para Matheus Nakasone Makino, 18 anos, o mais difícil foi se adaptar às baixas temperaturas de New Castle, cidadezinha localizada no interior do estado de Indiana, onde fez seu High School nos Estados Unidos. “Geralmente, consigo me adaptar muito fácil, mas o clima foi difícil para mim, pois nevava bastante e fazia temperaturas negativas”, relembra o estudante, que, no fim, pôde aproveitar o frio para esquiar e participar de atividades que jamais teria feito no Brasil.
As regras da escola e da host family também podem incomodar, mas é preciso sempre lembrar que o bom relacionamento com a família exige esforço e interesse de ambas as partes. “O aluno fará parte da família hospedeira. Portanto, terá tarefas da casa sob sua responsabilidade como todos os membros da família. É importante que ele não confunda a casa de família com um hotel. É importante interagir com a host family participando das refeições, assistindo a filmes juntos etc. Tudo faz parte da integração”, explica Rosana Lippi, gestora de High School do STB.
As escolas estão preparadas para receber alunos internacionais e sempre destinam um coordenador local específico para acompanhar o desenvolvimento do estudante ao longo do programa e ajudá-lo caso haja algum problema no exterior. “A minha adaptação durante o intercâmbio foi muito mais fácil do que eu imaginava porque a minha coordenadora local me ajudou muito e me deu muitas dicas sobre a escola americana”, diz Matheus.
A estudante Ana Carolina conta que também mantinha uma relação próxima com a coordenadora local de seu programa. “A gente se via todo mês e até saía para comer e conversar sobre a minha adaptação. Ela sempre estava disponível quando eu precisava e me respondia super rapidamente quando eu tinha dúvidas”, diz Ana.
Os Estados Unidos são um país acostumado a receber alunos internacionais, então, além de uma diversidade cultural enorme, é possível que o estudante se depare com outros estrangeiros que estão na mesma situação.
Foi o caso da aluna Larissa Cunha, 20 anos. “A escola que eu estudava era gigante e tinha uma tecnologia que eu nunca tinha visto na vida, mas como a cidade era pequena, todos estudavam juntos desde o maternal, então foi mais difícil para eu me encaixar em um primeiro momento”, conta ela. “Mas tinham vários intercambistas na mesma situação que eu. Tinha gente da Itália, da Alemanha e da Finlândia. Isso ajudou a tornar as pessoas mais receptivas à minha chegada”, conta Larissa.
A host family também é parte importante do processo de adaptação. A maioria delas acolhe os estudantes como um integrante da família e, com isso, acaba se tornando um dos principais apoios para os alunos de High School .
Os americanos costumam ter um jeito muito direto de resolver os problemas. Sendo assim, é fundamental que os estudantes do High School nos Estados Unidos não tenham medo ou vergonha de pedir ajuda sempre que precisarem. “Não importa quão óbvia pareça a dúvida, perguntar para confirmar é sempre a melhor opção quando se está vivendo no exterior”, afirma Rosana, gestora de High School do STB.
Tem dúvidas sobre as regras da host family? Pergunte! Quer saber como resolver determinados problemas na escola? Pergunte! A comunicação é a melhor maneira de evitar mal entendidos e resolver problemas, seja na família hospedeira ou na escola. “Sempre que houver um problema entre o aluno e a família ou entre o aluno e a escola, haverá uma intermediação do coordenador local para que seja alcançado um consenso. Portanto, recomendamos que o aluno não se intimide em falar o que sente, suas angústias e receios quando questionado”, acrescenta Rosana.
As escolas de High School costumam facilitar a conexão dos alunos internacionais com estudantes locais por meio de clubes de literatura, fotografia e até mesmo de equipes esportivas.
Neste contexto, Ana Carolina conta que o esporte foi um aliado fundamental na hora de fazer amigos. “Eu dei muita sorte, porque os meus treinos de vôlei começaram antes das aulas. Então, no primeiro dia de aula, eu já conhecia algumas pessoas e não fiquei sozinha”, conta.
Matheus também afirma ter feito amigos praticando esporte. “Eu fiz muitas amizades com os meninos que jogavam tênis comigo. Mas, além disso, as pessoas na escola e na cidade eram bem receptivas e muito curiosas, sempre fazendo várias perguntas sobre o Brasil”, relembra o estudante.
Encontrar maneiras de compartilhar a sua perspectiva cultural também pode ser uma ótima forma de fazer amigos durante o intercâmbio nos Estados Unidos.
“Acho que para fazer amizades, você deve chegar e ir conversando com as pessoas, mesmo se for tímido. Elas terão interesse em saber quem você é, de onde você veio. Puxe papo, não tenha vergonha”, diz Ana Carolina. Inclusive, o intercâmbio pode ser uma excelente oportunidade para superar a timidez.
Muitas vezes durante o intercâmbio, o estudante vai sentir saudade de casa e dos amigos no Brasil. No entanto, é importante não deixar que a homesick o impeça de se divertir e aproveitar o High School nos Estados Unidos.
“É difícil morar em um país que não é o seu e conviver com pessoas que têm outros pensamentos e uma cultura completamente diferente. A saudade bate, sim, mas você sempre encontra um jeito de se comunicar. Eu falava bastante com os meus pais por Skype, então não me sentia tão longe”, conta Larissa. Da mesma forma, Ana e Matheus afirmam que também conseguiam conversar sempre com os familiares e amigos no Brasil, mas que logo se acostumaram com a distância, pois sabiam que tudo isso seria apenas por um período.
“Quando você vê fotos das pessoas que você ama todas juntas no Brasil bate saudade, mas nada supera o fato de que, naquele momento, você está vivendo uma experiência única e inesquecível”, diz Ana Carolina.
Para Matheus, lembrar-se da oportunidade única que é fazer um intercâmbio pode ajudar a driblar a saudade. “Meu conselho para quem está prestes a fazer um High School nos Estados Unidos é se jogar nessa aventura. Perca o medo e a insegurança, pois é uma experiência incrível que eu recomendaria para qualquer pessoa!”, diz ele.