1 mês nos Estados Unidos!

Published

on

 

Hoje completei meu primeiro mês morando nos Estados Unidos. Como diria minha amiga francesa, ‘I made it through my first month!’.

Às vezes parece que estou aqui há anos, mas outras vezes parece que cheguei ontem, pois todo dia aprendo algo novo e acontece algo diferente… e é disso que eu vou falar. 1 mês, 30 dias, 4 semanas… é pouco tempo comparado ao tempo total que ficarei aqui, mas já aprendi tanta coisa e já vivi tantos momentos marcantes que gostaria de compartilhar um ‘resumo’ com vocês!

Eu aprendi que nem todos os americanos vivem de hambúrguer, batata frita e refrigerante. Como já comentei, na minha casa nem tem refrigerante, os doces são controlados e eu nunca nem fui a um fast food com a minha host family. Eu acho tudo isso ÓTIMO! Quebraram o rótulo de ‘american junkies’! Aqui é só cereal, Iced Tea e frutas 🙂 Eu adoro! Mas é claro que tem uns snacks (cookies e Oreos… sou viciada) no meio do dia, né. Não dá pra ficar passando vontade, pois realmente tem muita coisa boa pra comer nesse país!

Eu aprendi a abrir o capô do carro para checar o óleo e verificar se a água está ok. Aprendi o que é anti freeze e até que é uma das principais causas de morte de cachorros e gatos nos Estados Unidos. Aprendi a usar os jumper cables para ‘jumping battery’ (a famosa chupeta, no Brasil) no caso de eu esquecer o rádio ou os faróis ligados e a bateria do carro descarregar! Também aprendi que nos Estados Unidos, todo trabalho é bem visto e não tem essa de dar um trocado para alguém fazê-lo por você. Aqui, é você quem enche seu pneu, o tanque do carro e até quem limpa os vidros. Não existe flanelinha no semáforo fazendo o serviço por algumas moedas.

Ah, só um parênteses: anti freeze é um produto químico que não deixa a água do carro congelar no inverno e nem evaporar no verão! Todo mundo aqui usa isso, ninguém coloca apenas água, como fazemos no Brasil. O cheiro do produto é muito doce e é isso que atrai gatos e cachorros, que acabam lambendo o negócio e morrendo, pois é muito venenoso. Explicado? 😉

Em apenas um mês, senti meu inglês melhorar muito, mesmo sem ter começado a estudar e falando português todos os dias com alguém pelo Skype. Aqui você é dependente do inglês até para comprar uma garrafa de água. Impossível não aprender!

Desde que cheguei aqui, percebi que gosto muito mais de crianças do que eu imaginava. Achá-las bonitinhas, fofas, espertinhas e carismáticas é uma coisa. Conviver e trabalhar com elas é outra totalmente diferente. Para ser Au Pair, você precisa AMAR crianças acima de tudo e saber lidar com situações inesperadas. Eu cuido de 4. São muitos. Quanto mais crianças, mais trabalho, mais cansaço… mas também, muito mais alegria e diversão. Elas me surpreendem cada dia mais!

Em um mês, vi ‘meus’ bebês começarem a engatinhar e a segurarem as mamadeiras sozinhos. Acreditem: isso é emocionante. É uma evolução! São os primeiros sinais de independência 🙂 Fico imaginando quando eles começarem a andar e a falar… ou quando isso acontecer com meus próprios filhos. Essas coisas não têm preço!

Aqui eu almoço sanduíche e janto macarrão com verduras, quase sempre. No Brasil, eu costumava fazer o contrário. Depois de um mês, não consigo almoçar um prato de comida e nem jantar um sanduíche ou uma pizza. Estranho, né? 🙂 Ah, eu costumava comer um sanduíche ou tomar apenas um copo de leite no meu café da manhã brasileiro. Aqui já não consigo mais passar um dia sem meu cereal Cookie Crisps!

Aprendi que carros automáticos são realmente mais fáceis de dirigir do que os manuais. Óbvio. Nada de se preocupar com rampas, carro morrendo, mudar para a marcha errada e coisas do tipo (não sei vocês, mas eu sempre morro na rampa, hahaha) E dirigir aqui também é uma delícia. É tudo muito bem sinalizado e as highways são bem bonitas!

Estou no país do consumismo! Como ainda não estou dirigindo pra todos os lados (minha host mom acabou de me colocar no seguro do carro, aqui é proibido dirigir sem), não saí muito e, consequentemente, não gastei muito. Mas nessa brincadeira de fazer intercâmbio, já voaram uns dólares em roupas, num tênis, numa bota e numa câmera digital! Estou planejando a compra do vídeo-game e do GPS também, fora as viagens…

(Se você é mulher e está pensando em fazer intercâmbio nos EUA, pode ter certeza que entrará em pelo menos 10 lojas da Forever 21 na sua vida! E sua carteira sairá cada vez mais vazia delas…)

Já conheci Au Pairs francesas, sul-africanas, colombianas, alemãs, chinesas, japoneass e é claro, um MONTE de brasileiras com quem já estou planejando passeios e viagens 🙂 Além disso, só passeando de carona e com a minha host family, já conheci mais de 10 cidades ao redor da minha! Estou amando a Pensilvânia 🙂 Sem contar que estamos pertinho de New York, Washington DC, Jersey Shore (praia) e até do Canadá!

Já descobri e já senti aquela tal de homesick. Inclusive, falei sobre ela no meu post anterior. É uma coisa inevitável, faz parte do programa, né? Se por acaso eu não sentisse tudo o que eu senti (ou que ainda sinto, na verdade), a experiência ficaria incompleta!

Peguei o hábito de ouvir rádio (encontrei rádios realmente boas por aqui! Eu sou apaixonada por rock and roll, daqueles antigos, clássicos, e sentia muita falta de uma boa rádio desse gênero no Brasil. Aqui tem umas 5!!!)

Já experimentei Cherry Coke (odiei), Dr. Pepper (odiei), green beans (gostei), Syrup (amei) e bacon com ovos no café da manhã (amei).

Aprendi a parar completamente no sinal de STOP no trânsito, mesmo que a rua esteja deserta e que eu tenha certeza que não vai vir nenhum maluco correndo. Aqui, as pessoas param até no STOP dos estacionamentos de shopping quando estão vazios, não tem essa de dar uma olhadinha e seguir. Parar é parar e pronto!

Pude ver como os americanos celebram a Páscoa, um grande feriado aqui! Muito legal poder comparar com o jeito que comemoramos no nosso país! Adorei!

Estou aprendendo a cada dia a lidar com pessoas diferentes de mim e a reconhecer o melhor nas atitudes. Ninguém é perfeito e nada é exatamente do jeito que a gente quer que seja. Eu também não sou perfeita e sei que as outras pessoas ao meu redor também precisam aprender a lidar com os meus defeitos. Acredito que este seja um dos meus maiores aprendizados aqui, pois não é fácil morar por tanto tempo em uma casa que não é sua, com regras e hábitos com os quais você não está acostumado e com pessoas que não te conhecem tanto quanto seus pais e seus melhores amigos. É um desafio e tanto!

Aprendi que nada nessa vida substitui um abraço apertado, uma palavra carinhosa de quem a gente ama ou até uma carta (ou e-mail, vai) cheia de saudade! Mesmo falando com minha família toda semana pelo Skype, tem coisas que vão sempre fazer falta pra quem tá tão longe! E acreditem… a gente sente falta das coisas mais simples, como passar o sábado inteiro de pijama conversando com a sua mãe sobre reality shows, acordar meio-dia num domingo e encontrar seu pai deitadão no sofá, sair pra passear de carro e buzinar para os amigos que encontra na rua, uma amiga ligando bêbada de madrugada etc. O bom é saber que isso tudo estará me esperando no Brasil, não importa quanto tempo eu fique aqui 🙂

Enfim… estes são apenas alguns tópicos marcantes sobre o que vivi nos Estados Unidos no meu primeiro mês! Espero ter muito mais novidades nos próximos meses e poder compartilhar com vocês!

Uma vez li em um blog ou Twitter por aí a seguinte frase: ‘Quem diz que a infância é a melhor fase da vida é porque nunca foi intercambista!’. Finalmente estou entendendo o sentido dessa frase 🙂

Beijos para todos e boa sorte para quem está criando coragem para vir morar no exterior… principalmente se for pelo programa Au Pair!

Continue Reading
Click to comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.